A Polónia também foi a votos este fim-de-semana e tem um novo presidente. O conservador Andrzej Duda, do partido de direita e nacionalista Lei e Justiça, ganhou a segunda volta das presidenciais.
“Aqueles que votaram em mim, votaram na mudança”, congratulou-se Andrzej Duda, no seu discurso de vitória em Varsóvia, onde apelou à “união e de que juntos podem reconstruir o país”.
PUB
“Não funcionou desta vez. Desejo que [Andrzej Duda] seja um bom presidente, porque o meu desejo é de que a Polónia fique bem”, disse Bronislaw Komorowski no seu discurso de derrota.
A viragem à direita também deverá ter consequências a nível das eleições legislativas, com o eleitorado a poder seguir a tendência das presidenciais. Uma espécie de antevisão, já que o partido de centro-direita de Komorowski é também o partido que está atualmente no governo. A Plataforma Cívica governa o país desde 2007 e conseguiu um crescimento económico numa Europa a braços com países em crise e alvo de ajuda externa.
New York Times.No entanto, Komorowski desdramatizou: “Já tivemos batalhas mais difíceis. Cabe a nós transformar os falhanços em sucessos. Nós vamos vencer”. Mas admitiu ser "um sério aviso", acrescentou a BBC.
Antigo assessor do ex-presidente Lech Kaczynski, Duda, de 43 anos, é muito próximo da Igreja Católica, pelo que as propostas de lei para permitir a fertilização in vitro ou de cunho mais liberal podem ficar pelo caminho, já que ele é um eurocético. Ora, o presidente tem poder de veto sobre as leis aprovadas pelo Parlamento e exerce um poder de supervisão sobre o Governo, bem como desempenha um papel importante na política externa e é o chefe supremo das Forças Armadas.
A defesa do país é, para os polacos, um bem maior, com o conflito entre a vizinha Ucrânia e a Rússia a exigirem um pulso forte contra o hipotético regresso da União Soviética.
PUB