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Portugueses entre os detidos na Corunha por escravizarem indigentes

Detidos apresentavam os pedidos de prestações sociais a que tinham direito as vítimas e apropriavam-se de todo o dinheiro que estes recebiam

Quatro membros da mesma família foram detidos por escravizar indigentes e trancá-los em barracões e caravanas de propriedades nos arredores da Corunha, onde lhes impunham maratonas de trabalho construindo edifícios ilegais, recolhendo lenha ou mendigando.

Além destas práticas esclavagistas, os detidos, dois homens e duas mulheres naturais de Portugal e Espanha, apresentavam os pedidos de prestações sociais a que tinham direito as vítimas e apropriavam-se de todo o dinheiro que estes recebiam, indicou hoje o ministério do Interior espanhol em comunicado.

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A investigação, realizada pelo Grupo de Delinquência Organizada e Violenta da Polícia Judicial da Corunha e pela Unidade de Intervenção Policial, iniciou-se após a denúncia de um dos indigentes, que conseguiu alertar as autoridades para a sua situação depois de ter estado 14 dias retido e também avisar que havia mais pessoas como ele numa propriedade isolada, numa área rural de Ledoño.

Em seguida, acionou-se um dispositivo policial para fazer buscas no local, onde os agentes localizaram mais duas vítimas numa propriedade contígua, que ali trabalhavam contra a sua vontade e em regime de escravatura, refere o comunicado.

Depois de libertar as duas vítimas e analisar o material apreendido, a polícia descobriu que outras três pessoas que tinham estado na mesma situação tinham conseguido fugir em datas anteriores.

Os presumíveis autores destes crimes, que submetiam estas pessoas a um tratamento desumano e degradante, foram localizados e detidos pelos delitos de detenção ilegal, tráfico de seres humanos para fins de exploração laboral, agressões, ameaças com armas, roubo com intimidação, burla continuada e outros crimes contra a integridade moral.

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No momento das detenções, a polícia encontrou numa das casas mais uma vítima, que estava a ser procurada pelos investigadores.

Tratava-se de vítimas vulneráveis e socialmente desenraizadas, cujos desaparecimentos não tinham sido participados às autoridades.

Nesta operação colaboraram os serviços municipais das Câmaras da Corunha, Culleredo e Muxía, bem como a Cruz Vermelha.

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