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A ativista Ada Colau é a nova presidente da Câmara de Barcelona, depois de a sua lista, que integra alguns movimentos e partidos de esquerda, como o Podemos, ter vencido as eleições municipais de domingo.
Esta “rebelde”, de 41 anos, sobrancelhas grossas e roupa larga, como é descrita pela imprensa espanhola, prepara-se para comandar os destinos de Barcelona com “transparência”. Mãe de um rapaz de três anos e casada com um economista, dizem que é uma espécie de vizinha do lado. Uma proximidade que a colocou no poder, vencendo a batalha contra Golias, como a própria afirmou.
Dizem que é irreverente e, por vezes, desrespeitosa, mas que é respeitada. E não é por menos. A própria autarquia, que era liderada por Xavier Trías, que conseguiu um desonroso segundo lugar nestas eleições, reencaminhava para o PAH os pedidos de ajuda dos catalães que não conseguiam pagar as hipotecas ao banco, alegando que a plataforma “consegue resolver 90 por cento dos casos”.
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Fez Erasmus em Milão, teve uma breve carreira televisiva numa série cómica, Dos + una (que contava as histórias de três irmãs, duas delas gémeas). Ainda antes da criação do PAH, integrou o movimento okupa (ocupação de espaços abandonados) e participou em diversas mobilizações antiguerra até começar a dedicar-se em exclusivo às questões sociais, como o direito à habitação. Atualmente é responsável pela habitação no Observatório de Direitos Económicos, Sociais e Culturais (DESC) de Barcelona.
Para a Câmara leva uma equipa sem qualquer experiência municipal (que dizem ter sido um requisito da candidata) e a crença de que as crescentes desigualdades sociais são culpa dos presidentes anteriores.
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