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Obama estabelece limites para as negociações com o Irão

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Presidente dos Estados Unidos avisa que não vai haver acordo se os iranianos não derem garantias como não se dotarem de armas nucleares ou não darem tempo suficiente para os norte-americanos agirem se forem «enganados»

Esta declaração, entrevista à cadeia de televisão CBS, surge um dia depois de negociações em Paris, nas quais a França se mostrou mais reservada do que Washington em relação a um projeto de acordo em discussão com Teerão. Os Estados Unidos disseram que faziam a mesma análise das negociações que a França, mas Paris mostrou querer mais garantias. Por outro lado, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que na terça-feira criticou no Congresso norte-americano o projeto de acordo com Teerão, reafirmou este domingo a sua apreensão.

O presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou este domingo que os Estados Unidos abandonam as negociações com o Irão se não for alcançado um acordo com garantias sobre o programa nuclear iraniano.  

"É certo que se não houver acordo partiremos. Se não pudermos verificar que (os iranianos) não vão dotar-se de armas nucleares, que temos tempo suficiente para agir se formos enganados, se não tivermos esse tipo de garantias, não aceitaremos um acordo".

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"É justo dizer que agora há urgência porque estamos a negociar há mais de um ano, mas a boa notícia é que, durante este período, o Irão cumpriu nos termos do acordo" interno, alcançado em novembro de 2013 com o chamado grupo 5+1, que inclui os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (França, Estados Unidos, Rússia, China e Reino Unido) e a Alemanha, disse Obama, acrescentando que os iranianos não fizeram avanços no programa nuclear.

Agora "chegamos a um ponto das negociações em que já não é uma questão de problemas técnicos, mas de vontade política", adiantou.

O presidente notou que os iranianos negociaram seriamente e que foram alcançados progressos para reduzir as divergências, mas sublinhou que "ainda subsistem lacunas".  

"Durante o próximo mês estaremos em condições de determinar se o regime pode ou não aceitar um acordo extremamente razoável, se estão, como dizem, apenas interessados num programa nuclear civil".

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"Não confio nas inspeções em regimes totalitários e por isso eu seria mais prudente", afirmou o dirigente israelita, também na CBS, alegando que o acordo não impedirá o Irão se dotar de armas nucleares.

A parte política das negociações deve terminar a 31 de março e a finalização técnica de um acordo é esperada até 1 de julho.

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