Têm estilos divergentes e ideias opostas. O republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden disputam o cargo de presidente dos Estados Unidos nas próximas eleições, a 3 de novembro. Mas, apesar das diferenças, são os dois conhecidos pelas várias gaffes que já cometeram ao longo da carreira.
Reunimos algumas das gaffes dos dois candidatos que deram que falar.
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Numa ação de campanha para as presidenciais de 2016, em Buffalo, Nova Iorque, Donald Trump confundiu o 11 de Setembro (data trágica que ficou conhecida como 9/11) com a cadeia de supermercados 7/11.“Eu estava aqui e eu vi os nossos políticas e os nossos bombeiros no 7/11”, afirmou
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Em 2017, por causa da passagem do furacão Maria, o presidente norte-americano deu uma conferência de imprensa na qual afirmou que se encontrou com o presidente das Ilhas Virgens. “Eu saí do Texas, da Florida, do Louisiana e fui a Porto Rico. E eu encontrei-me com o presidente das Ilhas Virgens”, disse. Só que as Ilhas Virgens pertencem aos Estados Unidos, pelo que o presidente do território é o próprio Trump. O líder norte-americano estaria a falar do governador das Ilhas Virgens.
Donald Trump é conhecido por utilizar frequentemente o Twitter. Ao longo do seu mandato, foram várias as publicações do presidente norte-americano que se tornaram virais. Uma delas transformou-se em “meme” de forma quase imediata. “Despite the constant negative press covfefe”, escreveu. “Covfefe” não tem qualquer significado em inglês. Em português a mensagem pode ser traduzida livremente como: “Apesar do constante e negativo covfefe da imprensa”. Provavelmente, Trump quereria escrever “coverage”, que significa “cobertura”. O que é certo é que depressa os utilizadores começaram a fazer piadas com a palavra misteriosa e até foi registado o domínio covfefe.com.
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Foi em agosto, já em plena pandemia de covid-19, que Trump cometeu mais uma gaffe, desta vez envolvendo a gripe espanhola e a Segunda Guerra Mundial. O presidente norte-americano disse, em conferência de imprensa, que a pandemia de 1917 provavelmente acabou com a Segunda Guerra Mundial porque "todos os soldados estavam doentes". Ora, acontece que a gripe espanhola não ocorreu em 1917, mas de 1918 a 1929, e a Segunda Guerra Mundial só ocorreu quase duas décadas depois, de 1939 a 1945.
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A construção de um muro na fronteira com o México foi uma das grandes promessas da campanha do republicano. No ano passado, quando falava sobre este projeto, num comício na Pensilvânia, o presidente norte-americano prometeu a construção de um muro em vários estados, incluindo o Estado do Colorado. "Sabem por que vamos ganhar no Novo México? Porque eles querem mais segurança na fronteira e não têm. E nós vamos construir um muro no Novo México e vamos construir um muro no Colorado. Vamos construir um muro bonito. Um muro grande, que realmente funcione, pelo qual não seja possível passar por cima, nem por baixo.” Só que o Colorado é um Estado interior, que não faz fronteira com o México. E depressa o governador da região, o democrata Jared Polis, notou a gaffe no Twitter
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Em 2008, Joe Biden concorria à nomeação do Partido Democrata para as eleições presidenciais. Na altura, Biden descreveu o senador e também candidato à nomeação democrata Barack Obama como “o primeiro afro-americano popular, que é articulado, inteligente, transparente e bem parecido”. As palavras causaram polémica e motivaram um pedido de desculpas.
Antes disso, em 2006, Biden já tinha sido criticado por uma observação que fez quando falava do apoio que reunia entre os norte-americanos de ascendência indiana. “Em Delaware, o maior crescimento populacional é o dos indianos-americanos. Não pode ir a um 7-Eleven ou a um Dunkin’Donuts sem ter um leve sotaque indiano. Não estou a brincar”, afirmou. As palavras foram criticadas e consideradas racistas.
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Durante a campanha para um segundo mandato ao lado de Barack Obama nas presidenciais de 2012, Biden afirmou que a classe média do país tinha sido "enterrada" nos últimos quatro anos, ou seja, durante o primeiro mandato de Obama."Como se pode justificar o aumento dos impostos para uma classe média que foi enterrada nos últimos quatro anos?", questionou Joe Biden perante mais de um milhar de apoiantes.
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Em 2008, numa ação de campanha na Carolina do Sul, Joe Biden pediu a Chuck Graham, um senador local, que "se levantase para que as pessoas o vissem". O problema é que o senador andava de cadeira de rodas. Biden apercebeu-se de imediado da gaffe e redimiu-se. "Oh, o que é que estou a dizer! Fazemos assim, vais fazer com que toda a gente se levante", afirmou logo depois.
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No início do surto da gripe suína, em 2009, Biden afirmou que aconselhou a família a evitar andar de avião ou de metro. “Diria aos meus familiares, e já o fiz, para evitarem espaços fechados. Quando uma pessoa espirra isso espalha-se por todo o avião”, justificou. As palavras causaram algum alarme e levaram a uma rápida retratação da Casa Branca. A responsável pela segurança interna, Janet Napolitano, disse que se fosse novamente questionado sobre o assunto, Biden corrigiria a declaração para “se se estiverem a sentir doentes: porque é isso que estamos a aconselhar”.
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