A prática regular de exercício físico é fundamental para evitar a demência e problemas cognitivos. A conclusão está presente em dois novos estudos, cuja publicação coincide com a Conferência Internacional sobre a Doença de Alzheimer, a decorrer esta semana em Paris.
Um dos estudos, liderado por Laura E. Middleton, concluiu que as pessoas fisicamente mais activas têm um risco 90 por cento menor de desenvolver declínios cognitivos, em comparação com os que têm menos actividade física.
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A responsável explica que o método utilizado neste estudo «é capaz de capturar todo o tipo de actividade física». «Não apenas o jogging, nadar ou andar de bicicleta, mas talvez apenas andar pela casa, fazer tarefas, caminhar na rua, possa ser tão importante para proteger contra a deficiência cognitiva» disse Middleton, de acordo com o «HealthDay».
Mais exercício igual a menor declínio cognitivo
Um outro estudo, liderado por Marie-Noel Vercambre, investigou os efeitos da actividade física em cerca de 3 mil mulheres com idade superior a 65 anos e com histórico de acidentes vasculares cerebrais ou três ou mais factores de risco para desenvolver doenças cardíacas.
O grupo de Vercambre concluiu que as mulheres fisicamente mais activas têm menor taxa de desenvolvimento de declínio cognitivo. Além disso, as mulheres que fazem diariamente uma caminhada de 30 minutos ou o seu equivalente têm um risco menor de comprometimento cognitivo.
«Quando ficamos mais velhos, o nosso cérebro está provavelmente menos capaz de suportar o stress», defende Eric B. Larson, do «Group Health Research Institute» em Seattle.
Larson acredita que os benefícios do exercício na capacidade mental podem existir mesmo se apenas se começar a fazer exercício mais tarde.
Mesmo depois de a demência ter começado, o exercício pode ser benéfico. «Andar uma, duas ou quatro vezes por semana com o cuidador faz com que exista um melhor resultado e a uma pessoa mais feliz».
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