Pela sua própria admissão, Barack Obama está habituado a ser interrompido durante os seus discursos e tolera bem essas situações. Na quarta-feira, contudo, o presidente dos Estados Unidos perdeu a paciência e ordenou a expulsão de Jennicet Gutiérrez, uma defensora dos direitos dos imigrantes ilegais transexuais que interrompeu um discurso de Obama na Casa Branca.
O chefe do estado norte-americano estava a falar durante uma receção a representantes da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) quando o incidente se deu. Gutiérrez gritou:
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"Presidente Obama, liberte todas as pessoas LGBTQ que estão em centros de detenção (para imigrantes ilegais!
Presidente Obama, pare a tortura e os abusos contra as mulheres transexuais nos centros de detenção!".
Obama não gostou da interrupção e repreendeu Jennicet Gutiérrez:
"Tenha vergonha, não devia fazer isto. (...) Está na minha casa. (...) Isto não é respeitoso".
Perante a insistência da ativista, o presidente ordenou a sua expulsão da Casa Branca. Jennicet Gutiérrez emitiu depois uma declaração pública em que diz que, "se o presidente quer festejar connosco, deve libertar imediatamente os imigrantes LGBTQ que estão presos nos centros de detenção".
Organizações de defesa dos direitos humanos e pelo menos um relatório do governo norte-americano indicam que as situações de abuso e violência sobre imigrantes ilegais transexuais são comuns quando estes estão detidos.
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