O português que terá tentado assaltar, durante a noite desta quarta-feira, o Commercial Bank of Florida, encontra-se detido em Miami e o seu caso está agora nas mãos do FBI, garantiu ao PortugalDiário a agente especial da polícia federal norte-americana, Judy Orihuela.
Segundo fonte da Polícia Judiciária, o suspeito já tem antecedentes criminais, não podendo revelar mais informações.
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O português «agiu deliberadamente e com consciência» durante a tentativa de roubo do banco na Florida, considera o FBI numa nota processual à qual o PortugalDiário teve acesso. Segundo os factos apurados, a polícia norte-americana conseguiu «estabelecer causa provável» para acusar e manter Paulo Almeida em detenção.
De acordo com as informações do FBI, o português terá entrado no banco pouco depois de um outro elemento ter contactado uma funcionário e dizer que queria fazer uma transferência bancária. Paulo Almeida, que segundo o jornal Miami Herald não fala inglês, terá sido usado pelo elemento para fisicamente levantar o dinheiro, enquanto a funcionária da instituição bancária falava com esse outro homem, em inglês, ao telefone.
Até agora, é desconhecida a relação entre Paulo Almeida e o outro suspeito, ainda por deter.
«Não percebeu que isto é um assalto?»
O português apresentou-se no banco com uma mala e dois telemóveis. Foi quando o outro suspeito ligou directamente para o telefone da funcionária «Linda» que perceberam que se tratava de um assalto: «Sua estúpida, não sabe que isto é um assalto? Esse homem apenas recebe instruções minhas», cita o FBI.
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Os funcionários ligaram o alarme e tentaram reter o português enquanto a policia não chegava. Quando a polícia chegou deteve o suspeito e só nessa altura percebeu a sua verdadeira identidade e nacionalidade.
Suspeito ameaçou matar reféns
Contudo, o outro elemento continuou, muito irritado, a ligar para o telefone do banco. Tentou o contacto telefónico «dez vezes e ameaçou matar a funcionária dizendo que conhecia a sua morada», refere o FBI.
Quando esse contacto se impossibilitou, o suspeito desconhecido ligou para o telemóvel de Almeida e ameaçou matar os reféns que tinha consigo se não libertassem o português.
O caso está a ser seguido pelo FBI que mantém o suspeito, dono de um matadouro em Portugal, em custódia. A PJ já tem conhecimento da situação.
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