A eurodeputada socialista portuguesa Ana Gomes encontrou-se esta sexta-feira, em Bagdad, com o presidente e o primeiro-ministro iraquianos para discutir o papel da União Europeia no Iraque e disse à Lusa que não é de dinheiro que o país precisa.
Ana Gomes encontra-se desde quinta-feira em Bagdad, onde está a estabelecer contactos com as autoridades e a sociedade civil para recolher informações com vista à elaboração de um relatório de que foi encarregue pelo Parlamento Europeu com recomendações ao Conselho (Estados-membros) sobre o papel da UE no Iraque.
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Em declarações à Lusa, a eurodeputada explicou que a elaboração deste relatório foi uma iniciativa sua, já que o anterior data já de 2002 (mesmo antes da invasão do Iraque e do início da guerra), tendo sido elaborado pela eurodeputada britânica e Baronesa Emma Nicholson, que acompanha Ana Gomes nesta viagem ao Iraque.
Ana Gomes afirmou à Lusa que o que os iraquianos necessitam da parte da UE é essencialmente «apoio e assistência técnica para reorganizar o país inteiro», designadamente a nível de estruturas governamentais, como organização de ministérios, instituições de Justiça e sistemas de Educação e Saúde, bem como formação de quadros.
Estabelecendo um paralelo com aquilo que a Europa faz em Timor-Leste, a antiga embaixadora de Portugal em Jacarta afirmou que o apoio da UE ao Iraque deve essencialmente centrar-se nesta assistência à reconstrução a nível institucional de um país que enfrentou não só a destruição da guerra, como também aquela provocada por uma ditadura.
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