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Covid-19: Agência do medicamento dos EUA nega pressões da Casa Branca para aprovar vacina da Pfizer

Jornal Washington Post avançou que chefe de gabinete da Casa Branca terá dito ao diretor da FDA que seria despedido se a autorização para distribuição da vacina não fosse dada até ao final do dia de sexta-feira

A agência norte-americana do medicamento, FDA, negou hoje qualquer “pressão” política para aprovar rapidamente a primeira vacina contra a covid-19 e relativizou os riscos da toma por pessoas com “alergias graves”.

Trabalhámos rapidamente devido à urgência que esta pandemia representa, não devido a qualquer pressão externa”, disse o diretor da Food and Drug Admnistration (FDA), Stephen Hahn, numa videoconferência de imprensa.

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A FDA emitiu na sexta-feira uma autorização de emergência para a vacina Pfizer/BioNTech e lançou uma gigantesca operação logística para a distribuir por todo o território norte-americano.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a vacina “passou o padrão de excelência de segurança” e prometeu que a primeira vacina será administrada hoje.

Horas antes do anúncio da autorização, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, disse ao diretor da FDA que podia ser despedido se a autorização não ocorresse até ao final do dia, segundo relatou um responsável ao jornal Washington Post e à agência Associated Press, na condição de não ser identificado.

Na videoconferência de imprensa de hoje, Stephen Hahn assegurou que a rapidez da autorização não põe em causa a seriedade das verificações, sublinhando que os testes clínicos prosseguem e são realizados com “importantes controlos de segurança”.

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Na mesma conferência, um outro responsável da FDA, Peter Marks, relativizou a contra-indicação da toma da vacina por pessoas com alergias graves, depois da deteção de dois casos no Reino Unido esta semana.

“Quero tranquilizar a opinião pública”, disse. Essas reações “não foram constatadas nos dados dos vastos testes clínicos” e a FDA vai “continuar a seguir de muito perto” todos os dados.

Peter Marks frisou que a vacina só será desaconselhada a pessoas que já tenham tido “reações alérgicas graves” a componentes desta vacina ou de vacinas semelhantes, e não a todo o universo de pessoas com alergias graves.

“Cerca de 1,6% da população já teve uma reação alérgica grave causada por alimentos ou condições ambientais. Não queremos que tantas pessoas sejam privadas de uma vacina”, afirmou.

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