Um segundo homem foi baleado pela polícia, em Ferguson, no estado norte-americano do Missouri, depois da morte de um jovem de 18 anos pelas autoridades ter gerado um movimento de grande indignação e violência.
Segundo a polícia, o novo incidente aconteceu depois de o homem ter apontado uma arma a um agente, na madrugada desta quarta-feira.
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A polícia tinha sido chamada ao local depois de testemunhas terem visto homens armados, com máscaras, a disparar tiros nas ruas.
O homem, cuja arma foi recuperada, encontra-se em estado crítico no hospital.
Também durante a madrugada, uma mulher foi hospitalizada depois de ter sido baleada na cabeça, na mesma cidade.
Os acontecimentos surgem depois dos protestos contra a morte de um jovem de 18 anos que acabaram em grande violência nas madrugadas de domingo e de segunda-feira.
Michael Brown, de raça negra, foi baleado na tarde de sábado. Segundo as autoridades, Brown agrediu um polícia durante uma luta, mas testemunhas afirmaram que o jovem foi alvejado quando estava a tentar fugir do agente.
O caso gerou uma grande tensão racial e os protestos não se fizeram esperar.
Nas duas madrugadas que se seguiram, várias lojas foram pilhadas e destruídas. Os manifestantes apedrejaram a polícia, enquanto os agentes responderam com o lançamento de gás lacrimogéneo.
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O incidente que envolveu Michael Brown está a ser investigado pelo departamento da polícia do condado de Saint Louis e pelo FBI.
Esta terça-feira, Barack Obama comentou o caso, sublinhando a necessidade de acalmar os ânimos.
«Peço a todos os habitantes de Ferguson e de todo o país que recordem este homem através da reflexão e da compreensão. Devemos confortar-nos uns aos outros e falar com os outro de uma forma que cure, e não que nos magoe», declarou.
Ferguson tem cerca de 21 mil habitantes e, apesar de 67% cento dos indivíduos serem de raça negra, 94% das forças policiais e governamentais são indivíduos de raça branca.
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