Grande tensão e confusão em Cuba, com rumores sobre a alegada morte de Fidel Castro. Foi convocada uma conferência de imprensa em Havana com a imprensa internacional, para esta sexta-feira, ainda sem hora marcada, avançou a imprensa de Miami. Entretanto, ao «Diário de Cuba», o Centro de Imprensa Internacional (CPI), organismo dependente do Ministério das Relações Exteriores, desmentiu tudo, adiantando que não só a conferência de imprensa não está agendada, como os rumores relativos à possível morte de Fidel Castro não fazem sentido.
«O comandante está de muito boa saúde». «Nada disso é verdade, é tudo mentira. Já nos documentaram que não é assim»
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Embora a conferência de imprensa tenha sido convocada, as autoridades cubanas não adiantaram o motivo. A falta de transparência do regime cubano faz aumentar a especulação. Que já é mais do que muita. A imprensa cubana - como o «Diário Las Americas» e o «Diário de Cuba» dá conta de um aumento da tensão entre familiares próximos de Fidel e também no círculo militar, segundo a agência EFE.
Militares cubanos na Venezuela estarão já a regressar à ilha, de acordo com as informações avançadas nas últimas horas por parte de fontes venezuelanas, citadas pelo «Diário de Cuba».
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É a terceira vez, em quatro anos, que há rumores sobre a morte do líder cubano. Mas têm existido, de resto, desde que passou o testemunho ao irmão Raul em 2006, precisamente por razões de saúde, e só de forma provisória. A sucessão oficial deu-se, apenas, em fevereiro de 2008.
Agora, segundo o «Diário de Cuba», o que reforça os rumores é que o Governo cubano não permite que ninguém se aproxime do cemitério de Santa Efigénia, onde supostamente estará o túmulo de Castro. A publicação cita um fonte, dizendo que não há informação sobre se o túmulo está terminado, mas assinalando que o cemitério esteve vários meses fechado, com trabalhos de construção, sem que ninguém pudesse ver nada.
Para além de não aparecer em público há muito tempo, o ex-governante não participou nos grandes acontecimentos que o país viveu recentemente, em dezembro, como as pazes diplomáticas feitas com o histórico rival Estados Unidos, iniciada com a troca histórica de prisioneiros.
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Um momento marcante, cujos protagonistas foram o atual presidente cubano e irmão de Fidel, Raul Castro, e o presidente dos EUA Barack Obama.
O líder cubano só foi visto, no último ano, em fotografias, tendo recebido alguns aliados estrangeiros em sua casa. Sempre num estado físico notoriamente debilitado. Como a visita que teve da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, no final de janeiro do ano passado.
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