O líder cubano, Fidel Castro, garantiu que está «bem», mas pediu aos actuais dirigentes que não mudem o regime se o seu estado de saúde piorar, ou até no caso de sua morte, de acordo com artigo divulgado na página oficial na Internet esta quinta-feira.
Fidel, que rompeu um longo silêncio ao divulgar sua primeira «Reflexão» em cinco meses, disse ainda que espera não estar vivo, quando terminar o primeiro mandato do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, daqui a quatro anos.
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«Eu estou bem, mas insisto: nenhum deles deve sentir-se comprometido pelas minhas eventuais «Reflexões» (artigos), o agravamento da minha doença, ou minha morte», declarou Fidel, referindo-se aos funcionários do Partido Comunista de Cuba e do Estado.
«Reduzi as «Reflexões», tal como me havia proposto para o presente ano, para não interferir nem atrapalhar os companheiros do Partido e do Estado nas decisões constantes que devem tomar», frente à crise mundial, acrescentou.
«Tive o raro privilégio de observar os acontecimentos durante tanto tempo. Recebo as informações e medito, sossegadamente, sobre os acontecimentos. Espero não desfrutar de tal privilégio dentro de quatro anos, quando o primeiro mandato presidencial de Obama tiver terminado», completou.
Primeiras fotos em meses
Foram divulgadas esta sexta-feira as primeiras fotografias do ex-Presidente cubano Fidel Castro desde o dia 18 de Novembro, cuja saúde débil lança especulações sobre as suas condições físicas. As fotografias mostram o encontro entre Fidel e a Presidente argentina, Cristina Kirchner, em Havana.
As imagens, nas quais o ex-Presidente cubano aparece ao lado de Kirchner, foram divulgadas pela Presidência argentina, depois de terem sido enviadas para Caracas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Alejandro González Galeano, de acordo com a agência noticiosa argentina Télam, citada pela «France Press».
Os rumores acerca do estado de saúde de Fidel têm vindo a adensar-se, desde que o ex-Presidente deixou de publicar, há um mês, as suas tradicionais «Reflexões» na imprensa cubana, nem sequer para assinalar o 50º aniversário da revolução cubana, tendo apenas escrito, para o efeito, uma mensagem de dezasseis palavras. Fidel Castro também não faz nenhuma aparição pública desde Junho de 2006.
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