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Dedo de soldado de terracota roubado após selfie em museu

Autoridades chinesas exigem "punição severa" de americano de 24 anos, acusado de danificar uma das dez estátuas que estava emprestada ao Instituto Franklin, em Filadélfia

Um norte-americano jovem acusado de partir e roubar um dedo de um soldado de terracota, que estava emprestado pelas autoridades chinesas ao Instituto Franklin, em Filadélfia. Michael Rohana foi visto a tirar várias selfies junto da estátua. O jovem, de 24 anos, morador no estado de Delaware, foi preso e libertado após pagar uma fiança, com a condição de entregar o passaporte, submeter-se a testes de drogas e não deixar o país antes do julgamento.

De acordo com as autoridades, citadas pela AFP, Michael Rohana esteve numa festa no Instituto Franklin no dia 21 de dezembro de 2017e visitou a galeria da exposição “Guerreiros de Terracota do Primeiro Imperador”, que estava fechada ao público. O jovem usou a lanterna do telemóvel para apreciar as dez estátuas emprestadas pelo Centro de Promoção do Património Cultural de Shaanxi e chegou a subir a uma plataforma para tirar um selfie.

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Nessa altura, indicaram os agentes do FBI no mandado de prisão, Rohana apoiou-se na mão esquerda de uma das estátuas e aparentemente partiu um pedaço. Em vez de alertar os funcionários do instituto, o jovem meteu o pedaço partido no bolso e foi embora. Embora a equipa do museu só tenha dado pela falta do polegar no dia 8 de janeiro, os agentes do FBI conseguiram identificar Michael Rohana dias depois, em casa na localidade de Bear, Delaware. Na frente do pai, o jovem confessou ter escondido o polegar roubado numa gaveta do próprio roupeiro.

O Ministério Público decidiu acusar Rohana por roubo de peça de arte de um museu, ocultação de obra de arte roubada e transporte interestadual de propriedade roubada. O julgamento ainda não tem data marcada.

As autoridades chinesas exigiram, entretanto, “punição severa” para Michael Rohana. O diretor do Centro de Promoção do Património Cultural de Shaanxi, Wu Haiyun, criticou, esta segunda-feira, o Instituto Franklin pela “falta de cuidado” com as estátuas. Nos últimos 40 anos, o centro já organizou mais de 260 exposições no estrangeiro e nunca passou por situação semelhante.

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Nós pedimos aos EUA que punam severamente o acusado”, disse Haiyun, em entrevista à televisão estatal chinesa CCTV. “Nós apresentámos-lhes um protesto”.

Em comunicado enviado ao Instituto Franklin, o Centro de Promoção do Património Cultural de Shaanxi informou que enviará dois especialistas chineses para recuperar a estátua danificada.

A estátua com o nome “The Cavalryman” é das mais conhecidas da exposição e está avaliada em 4,5 milhões de dólares (36,3 milhões de euros). As dez estátuas da exposição fazem parte do Exército de Terracota, com mais de oito mil soldados e outras peças militares, enterrados com Qin Shi Huang, o primeiro imperador da China, em 210 a.C. Descoberto na década de 1970, o exército é reconhecido como uma das maiores descobertas arqueológicas do século passado. 

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