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Estado Islâmico vende antiguidades para se financiar

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Especialistas avisam que património iraquiano «está em grande perigo». Entretanto, EUA já realizaram 4.100 saídas aéreas desde o início da ofensiva contra os rebeldes

Parece que uma das formas de financiamento do Estado Islâmico é a venda de antiguidades. O grupo extremista destruiu diversos locais históricos do Iraque e vende essas peças para ganhar dinheiro, segundo vários especialistas e diplomatas.

«O património iraquiano está em grande perigo. Os nossos escrúpulos podem ser questionados ao denunciar crimes perpetrados contra o património enquanto são cometidos os piores horrores contra os homens. Quando os mortos se contam às dezenas de milhares, é necessária a preocupação pela limpeza cultural? Sim», afirmou Philippe Lalliot, embaixador da França na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), num colóquio da organização, precisamente sobre «património iraquiano em perigo». O responsável aproveitou ainda para sublinhar, segundo a Lusa, a importância da cultura e do património para a paz e o diálogo.

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O Estado Islâmico considera as estátuas uma idolatria e, segundo os intervenientes nesse colóquio, dinamitou diversas igrejas e outros monumentos, santuários e patrimónios cristãos, judeus ou muçulmanos.
Fica, assim, o registo de uma das formas de financiamento do grupo terrorista, cujos atos têm corrido mundo, por causa dos vídeos que divulga com a decapitação de reféns, e com as ameaças que fazem aos EUA, diretamente na pessoa de Barack Obama, bem como aos países ocidentais. O mundo dos jihadistas tem sido descortinado nos últimos tempos e o alerta contra o terrorismo está mais ativo do que nunca, pelo menos desde o 11 de Setembro. Esta segunda-feira, por exemplo, um britânico foi detido por estar a recrutar combatentes para o Estado Islâmico.
Entretanto, os militares dos EUA realizaram já 4.100 saídas aéreas desde o início da ofensiva contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria, a 8 de agosto, contabilizando voos de vigilância, abastecimento em combustível e ataques.

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A este número, adiantado por um dirigente militar norte-americano, sob anonimato, acrescenta-se uma quarentena de voos realizados pelos cinco Estados árabes integrantes da coligação promovida por Washington contra o EI, desde 23 de setembro.
O Pentágono pormenorizou que a Jordânia, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Qatar realizaram 23 ataques aéreos na Síria e os EUA 66.
Obama veio admitir, neste arranque de semana, que o Estado Islâmico foi subestimado.

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