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Strauss-Kahn paga um milhão e é libertado sob fiança

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Magistrada aceitou um milhão de dólares. DSK vai ficar em casa, com pulseira e um segurança à porta

Actualizado às 22:15

O tribunal decidiu colocar o antigo chefe do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, em prisão domiciliária, depois de lhe estipular uma caução de um milhão de dólares (700 mil euros), escreve a Lusa.

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Ao fim de duas horas de audiência no Tribunal Criminal de Manhattan, interrompidas por 40 minutos para que o juiz Michael Obus pudesse rever a proposta de liberdade sob caução apresentada pela defesa, ficou estabelecido que a ordem de libertação pode ser dada já na sexta-feira, se forem aceites as garantias financeiras.

Além da caução de um milhão de dólares, o juiz exigiu um seguro-caução no valor de cinco milhões de dólares, garantido por propriedade imobiliária nos Estados Unidos.

Os representantes de Strauss-Khan terão ainda de entregar os documentos de viagem que ainda não estão na posse do Tribunal, nomeadamente um salvo-conduto das Nações Unidas.

O ex-director do Fundo Monetário Internacional, cuja acusação por crimes sexuais foi confirmada esta quinta-feira por um comité de jurados, ficará em detenção domiciliária, com a condição de ser vigiado por uma empresa de segurança privada.

«DSK» deve estar «acompanhado em todas as alturas» por seguranças, até que lhe seja aplicada uma pulseira electrónica, adiantou ainda o juiz.

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Obus reconheceu que o risco de fuga é «sério» e que «pode ser impossível trazer de volta» Strauss-Khan, se este fugir do país.

No final da audiência, perto das 16h00 locais (21h00 de Lisboa), o juiz dirigiu-se directamente a Strauss-Khan com um aviso.

«Quero deixar isto muito claro: se houver o mais pequeno problema de cumprimento, os oficiais do tribunal podem rapidamente alterar ou anular o acordo de caução», afirmou.

A deliberação foi contra a pretensão do procurador, que defendeu serem «insuficientes» as garantias apresentadas, face aos recursos financeiros e à rede de contactos de Strauss-Khan, somada ao facto de a França extraditar cidadãos nacionais.

Sublinhou ainda que o incentivo à fuga é elevado face à gravidade das acusações e pena potencial, tendo o comité de jurados decidido que há elementos para «sustentar o caso» apresentado pela Procuradoria.

Bill Taylor, o advogado de defesa, argumentou ter apresentado «as maiores restrições possíveis» para o seu cliente, e que este deseja «limpar o seu nome», face às acusações de que é alvo.

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A presença do ex-director do FMI não foi considerada necessária na audiência de sexta-feira, que servirá essencialmente para emitir a ordem de libertação do economista e político francês, que se encontra detido desde sábado.

Nos últimos dias, Strauss-Khan esteve em Rikers Island, o principal complexo prisional de Nova Iorque.

O seu próximo destino deverá ser agora um apartamento em Nova Iorque já alugado pela mulher, Anne Sinclair, que esteve em tribunal acompanhada pela filha de Strauss-Khan, estudante na cidade norte-americana.

O juiz marcou ainda para 6 de Junho audiência no Supremo Tribunal de Nova Iorque, onde será dada a conhecer qual a acusação formal confirmada pelos jurados.

A procuradoria acusa Strauss-Khan de crime sexual, tentativa de violação, sequestro, entre outros crimes, alegadamente cometidos no sábado.

A vítima será uma criada de quarto do hotel onde Stauss-Khan estava hospedado em Nova Iorque.

O ex-director do FMI foi detido no aeroporto quando se preparava para abandonar o país, a caminho de um encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel.

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