Última atualização às 00:38
As sondagens oficiais à boca das urnas dão uma vitória na primeira volta das presidenciais francesas a François Hollande, numas eleições marcadas por uma baixa abstenção de apenas 19,7 por cento.
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Na segunda volta, que será disputada entre o candidato socialista e o ainda presidente francês e candidato do UMP, Nicolas Sarkozy, a sondagem da Ipsos para o jornal «Le Monde» dá uma vitória a Hollande, por 54 por cento, contra o atual chefe de Estado, que recolhe apenas 46 por cento das intenções de voto.
As consultas de opinião feitas à boca das urnas este domingo deram para a primeira volta uma vitória do socialista, com uma percentagem entre 25,5 e 29,3 por cento dos votos. O presidente Nicolas Sarkozy, da UMP, deverá obter um resultado entre 25,5 e 27 por cento. No terceiro lugar surge a candidata de extrema direita, Marine Le Pen, com entre 18,2 e 20 por cento.
Estes resultados, a confirmarem-se, ditam um confronto na segunda volta entre o atual chefe de Estado e Hollande, no dia 6 de maio.
Com 96,16 por cento dos votos contados, o socialista está na frente com 28,51 por cento, contra 27,09 por cento para Sarkozy e 18,15 por cento para Le Pen.
Mais atrás encontram-se o candidato Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon (11,09%), e o centrista François Bayrou (9,12%).
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A duas semanas da segunda volta, que se realiza a 6 de maio, os dois candidatos mais votados começaram já a enviar mensagens de apelo ao voto ao eleitorado.
François Hollande pediu este aos franceses uma vitória «à altura da história e do futuro da França».
«Sou o candidato de todas as forças de queiram abrir uma nova página, de todos os atores da sociedade que esperam o seu lugar, como os jovens. Sou o candidato da união para a mudança», disse, saudando os apoios à esquerda já anunciados, de Jean-Luc Mélenchon (Frente de Esquerda, 11,7 por cento) e de Eva Joly (dois por cento).
Sarkozy, por sua vez, disse aos seus apoiantes que os resultados desta eleição são «um voto de crise», reflexo da «inquietude» e do «sofrimento» dos franceses, que ele, sublinhou, «conhece» e «compreende».
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«O momento crucial chegou. O da confrontação de projetos e de escolha de personalidades. Está em causa a escolha de quem deverá proteger os franceses nos próximos cinco anos», disse.
Marine Le Pen, que alcançou um resultado histórica para a extrema-direita, disse que fez «tremer o sistema».
«Esta primeira volta é o início de um vasto encontro de patriotas de esquerda e de direita, de defensores da identidade nacional. Aconteça o que acontecer, a batalha da França acabou de começar. Nada será como dantes», afirmou.
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