A greve geral contra as novas medidas sobre as pensões de reforma em França, propostas por Emmanuel Macron, levou milhares de pessoas à rua. Trabalhadores de transportes, professores e funcionários de hospitais conseguiram parar o país, naquela está a ser uma das maiores greves registadas no setor público.
Os comboios, metros e autocarros foram os serviços mais afetados, mas também há registo de voos cancelados e escolas encerradas.
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De acordo com o Le Figaro, que cita dados do ministério do Interior francês, 806 mil manifestantes marcharam contra Macron em 70 cidades francesas, tendo-se registado confrontos violentos entre manifestantes e polícia. A Confederação Geral do Trabalho (Confédération Générale du Travail) anunciou uma participação de 1,5 milhões de pessoas.
Como já é habitual em protestos de grandes dimensões, houve manifestantes mais violentos, os chamados "black blocs" (grupos mascarados e vestidos de preto), que atearam fogo a carros, partiram montras, paragens de autocarro e capotaram carros. A polícia chegou mesmo a usar gás lacrimogéneo e canhões de água para dispersar os manifestantes.
Até agora, foram detidas 90 pessoas e revistadas 11 mil. Como já era de prever uma degeneração dos protestos, a prefeitura de Paris reforçou a segurança da capital com seis mil polícias.
Os sindicatos dizem que o protesto só vai acabar quando o Governo francês recuar no projeto de reforma do sistema de pensões. A reforma proposta por Macron pretende substituir os 42 regimes de pensões que existem atualmente por um sistema por pontos e põe fim a direitos laborais, nomeadamente, aos profissionais da SNCF e da rede metropolitana de Paris.
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