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Mohamed Abdeslam, o irmão de dois suspeitos na investigação dos atentados de 13 de novembro, em Paris, foi libertado pelo juiz de instrução de Bruxelas, 36 horas após a detenção em Molenbeek. Funcionário municipal há dez anos, Mohamed Abdeslam saiu em liberdade e sem qualquer acusação.
Mohamed é irmão de Brahim Abdeslam, que se fez explodir no restaurante Le Comptoir Voltaire, e de Salah Abdeslam, alvo de um mandado de captura internacional e que as autoridades designam de “inimigo público nº1”. Foi à porta de casa em Molenbeek, um subúrbio de Bruxelas, que Mohamed Abdeslam falou aos jornalistas, numa pequena conferência de imprensa que se realizou esta segunda-feira.
O homem, de cabelo bastante fino, curto e sem barba, começou por dizer que não tem qualquer ligação aos atentados.
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Libertado por falta de indícios“Como todos sabem, tenho sido acusado de participar em atos de terrorismo, depois do que aconteceu em Paris. Eu sou realmente um dos irmãos, mas em nenhum caso estive ligado nem de perto nem de longe ao que aconteceu na sexta-feira 13, em Paris”, afirmou, citado pela RTL e pelo Libération.
“Para sexta-feira à noite, eu tinho um álibi. Foi por isso que a juíza decidiu libertar-me. Ao mesmo tempo, havia muito poucos elementos para me manterem por mais tempo sob custódia policial. A juíza assumiu as suas responsabilidades. Aliás, gostaria de lhe agradecer. Ela libertou-me sem condições", sublinhou.
"Família aberta"“Eu não posso dizer por que ou como aconteceram os atentados de Paris. Somos uma família aberta que nunca teve um problema com a justiça. Os meus pais estão em choque com a tragédia. Os meus dois irmãos são normais, eu nunca me apercebi de nada”.
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