Um prisioneiro francês confessou ter assassinado o seu companheiro de cela e depois comido partes do seu corpo, disse um procurador. A notícia é avançada pela agência Lusa.
Nicolas Cocaigne, que foi acusado de crime premeditado e canibalismo, disse que socou a sua vítima, a esfaqueou com uma tesoura e a sufocou com um saco de plástico antes de lhe arrancar o coração e o comer, revelou o gabinete do procurador em Ruão.
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Os dois partilhavam com um terceiro recluso a cela de um cárcere de Ruão.
Uma autópsia ao corpo da vítima revelou que faltavam dois músculos num espaço intercostal e a parte superior do lóbulo esquerdo do seu pulmão - não o seu coração - precisou o gabinete. A ausência destes dois elementos anatómicos, que não foram encontrados no local do crime, mostra que se trata provavelmente de um caso de canibalismo, reconheceu o procurador Joseph Schmidt.
O corpo mutilado de Thierry Baudry foi encontrado quarta-feira de manhã por um guarda prisional, na cidade de Ruão (Norte).
Cocaigne, de 35 anos, que cumpria uma pena por roubo com violência não deu razões para o ataque, disse Schmidt.
Segundo a Administração Penitenciária, que abriu uma investigação administrativa, os três presos tinham pedido para partilhar a mesma cela, em finais de Dezembro.
Os factos ocorreram durante a noite de terça para quarta-feira e a vítima foi descoberta de manhã pelos guardas.
O alegado assassino foi acusado de homicídio voluntário com premeditação e por atentar contra «a integridade de um cadáver», e o outro réu de cumplicidade em homicídio voluntário.
Segundo a Administração Penitenciária, o único precedente de canibalismo numa prisão francesa remonta a 2004, quando um recluso partiu a cabeça a outro e lhe comeu parte do cérebro.
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