O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Ali Babacan, assegurou hoje, em conferência de imprensa, que as «provocações» de certos países europeus não irão dissuadir a Turquia de aderir à União Europeia.
«Não há dúvidas que certos Estados-membros tentam corroer a nossa posição política e jurídica relativa a este processo de adesão, mas este tipo de atitude não é adequada e não reflecte uma abordagem responsável», afirmou Babacan, em conferência de imprensa conjunta com o presidente em exercício do conselho de ministros da UE, Luís Amado, e o comissário europeu responsável pelo alargamento, Olli Rehn.
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«Se o objectivo por detrás destas provocações é fazer com que a Turquia renuncie aos seus princípios e ideais, nós não o faremos», avisou o chefe da diplomacia turca, após uma conferência na qual UE e Turquia abriram dois capítulos das negociações de adesão, relativos às «Redes transeuropeias de transportes» e «Saúde e protecção do consumidor», elevando para seis os capítulos abertos.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, é uma das vozes mais críticas à adesão deste país, defendendo que a Turquia não tem lugar na União Europeia.
Entretanto, Luís Amado, afirmou, durante a conferência de imprensa de hoje, que «seria um erro político grave interromper bruscamente o processo negocial».
«Foi isso que quisemos impedir, foi isso que conseguimos impedir, garantindo que hoje fossem abertos dois capítulos, e mantendo o processo de adesão em marcha», sublinhou o governante português.
O comissário Olli Rehn reiterou também a importância da negociação, afirmando que espera ser possível abrir mais «dois a três capítulos» durante a próxima presidência eslovena da UE, no primeiro semestre de 2008.
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