Os ministros do Interior da França e Alemanha disseram estar "firmemente convencidos" que os fluxos de refugiados que chegam à Europa "devem ser reduzidos", opinião transmitida numa carta enviada à Comissão Europeia.
"Rejeitamos muito firmemente toda a confusão entre terroristas e refugiados", referem Bernard Cazeneuve e Thomas de Maizière na carta datada de três de dezembro.
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Esta carta é divulgada quando a Alemanha acabou de anunciar ter registado mais de 960.000 migrantes desde janeiro.
A crise migratória na Europa tornou-se uma questão de segurança depois de ter sido descoberto que, pelo menos dois dos autores dos atentados de Paris, que causaram 130 mortos, tinham chegado à Europa misturados nos grupos de candidatos a asilo, através de passaportes falsos.
Deste ponto de vista, "é manifesto que o controlo das nossas fronteiras exteriores comuns deve ser reforçado rapidamente", salientam os ministros do Interior francês e alemão, na carta dirigida ao primeiro vice-presidente da Comissão Europeia Frans Timmermans e ao comissário europeu para as Migrações, Dimitris Avramopoulos.
"A agência Frontex deve dispor de uma reserva mais importante de forças operacionais destacadas" suscetíveis de ser mobilizadas a qualquer momento, e "em circunstâncias excecionais" deverá "poder tomar a iniciativa de destacar, sob sua responsabilidade, equipas de intervenção rápida para as fronteiras", referem.
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Bernard Cazeneuve e Thomas de Maizière dizem que, "para tornar os controlos de fronteiras mais eficazes, as bases de dados pertinentes devem estar interligadas" e recordam o seu desejo de uma reforma do acordo de Schengen.
Para aqueles políticos, é ainda "essencial" que os centros de acolhimento de refugiados "estejam operacionais nos mais pequenos detalhes".
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