Centenas de manifestantes turcos atacaram esta noite o consulado geral de Israel em Istambul, provocando uma intervenção das forças de segurança, segundo a agência de notícias Dogan.
Convocados por organizações pró-islamitas para denunciar as operações militares do Estado hebreu na Faixa de Gaza, os manifestantes lançaram pedras, quebrando os vidros da representação diplomática, e alguns tentaram entrar no complexo com bandeiras palestinianas, precisou a agência.
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A polícia antimotim interveio com recurso ao gás lacrimogéneo e canhões de água para dispersar os manifestantes que gritaram palavras de ordem como «Israel assassino, deixa a Palestina» ou «judeu assassino» até à madrugada de hoje.
Em Ancara, vários deputados do partido islamita conservador no poder na Turquia, liderado pelo primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, e políticos da oposição, manifestaram-se em frente à Embaixada de Israel.
Na quinta-feira, Erdogan classificou os bombardeamentos israelitas sobre a Faixa de Gaza como uma «tentativa de genocídio sistemática» dos palestinianos.
A Turquia e Israel atravessam uma grave crise diplomática desde maio de 2010 quando um comando israelita assaltou o Mavi Marmara, o navio almirante de uma frota de ajuda humanitária que tentava furar o bloqueio israelita à faixa de Gaza.
Nove militantes turcos foram mortos no ataque e um décimo morreu depois devido a ferimentos. Há vários meses que decorrem discussões entre Israel e a Turquia para indemnizar as famílias daquelas vítimas.
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, deve encontrar-se hoje em Istambul com dirigentes turcos a propósito da guerra em Gaza.
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