Um grupo de parlamentares sul-coreanos apresentou hoje um projecto de lei no sentido de levantar a proibição de os médicos revelarem aos pais o sexo dos fetos, informou um assessor da Assembleia Nacional, em Seul.
O Governo sul-coreano tinha imposto tal proibição, em 1987, para obstar a abortos de fetos femininos, num país onde muitos preferem filhos do sexo masculino devido a uma crença tradicional de que são os elementos machos que transportam a linhagem da família.
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O Supremo Tribunal considerou a lei inconstitucional, no mês passado, afirmando que a Coreia do Sul já ultrapassou a preferência por filhos machos e que a norma restringe direitos básicos de pais e médicos.
O acórdão indicou que a proporção de nascimentos entre rapazes e raparigas era de 116-100, no tempo em que a lei foi aprovada e passou a ser de 106-100, pelo que determinou que até ao final do ano a lei tem de ser revista.
Nessa conformidade, um grupo de 14 parlamentares, entre os quais Lee Ju-young, líder do partido no poder, o Grande Partido Nacional, apresentou um projecto de lei que permite aos médicos revelarem o sexo dos fetos aos pais, mas apenas a partir das 28 semanas de gestação, período a partir do qual, aliás, é muito arriscado fazer aborto.
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