Já fez LIKE no TVI Notícias?

Novos incidentes nas Universidades de Atenas e Salonica

Relacionados

Agentes implicados na morte de jovem vão esperar julgamento em prisão preventiva. E insistem que não houve intenção de matar

Algumas escaramuças prosseguiam esta quarta-feira à noite entre jovens e a polícia perto das Universidades de Atenas e Salonica (norte), pelo quinto dia consecutivo, depois da morte, sábado, de um adolescente presumivelmente atingido a tiro por um polícia, anunciaram fontes policiais. Isto no dia em que um juiz de Atenas decretou prisão preventiva para os dois agentes implicados na morte do jovem, depois de serem acusados de homicídio voluntário e colaboração em homicídio.

No bairro de Exarchia, no centro de Atenas, onde está a Escola Politécnica, jovens lançavam diversos projécteis contra as forças anti-motim e incendiavam contentores do lixo para impedir o acesso às ruas do bairro.

PUB

Algumas horas antes, uma concentração convocada pelas centrais sindicais do país que realizavam uma greve geral, deu lugar a confrontos entre grupos de jovens perto do Parlamento, na Praça Syntagma. Quatro pessoas ficaram feridas, duas das quais tiveram de ser hospitalizadas.

O mesmo cenário ocorreu em Salonica, segunda cidade do país, onde grupos de alunos e de estudantes prosseguiam à noite confrontos com a polícia em frente da universidade da cidade.

Os confrontos entre jovens e polícias registam-se há cinco dias consecutivos desde a morte de um adolescente de 15 anos. Segundo os primeiros resultados da autópsia, Alexis Grigoropoulos foi morto pelo ricochete de uma bala disparada por um polícia.

Os motins provocaram desde sábado avultados prejuízos a lojas e agências bancárias em Atenas e Salonica enquanto decorriam as pilhagens. Segundo uma primeira estimativa da Câmara de Comércio e da Indústria de Atenas, os prejuízos causados a 435 empresas e lojas ascendem a 50 milhões de euros.

PUB

Sucursais do BCP na Grécia destruídas

Polícias em prisão preventiva

Quanto ao agente Epaminontas Korkoneas, autor do disparo, e o seu colega Vasilis Saraliotis ficarão em prisão preventiva até ao julgamento pela morte de Alexis Grigoropoulos, incidente que causou a onda de violentos distúrbios que atinge o país.

A decisão do juiz foi proferida depois de a defesa dos agentes ter assegurado que os primeiros dados do relatório de balística assinalam que o projéctil que matou o adolescente bateu primeiro numa superfície dura antes de lhe atingir o coração. A família de Alexis Grigoropoulos já anunciou que solicitará que um perito analise a prova pericial, cujo conteúdo ainda não é oficial.

Os dois polícias prestaram hoje declarações perante o juiz do caso, e insistiram que não houve intenção de matar o jovem. Korkoneas, alcunhado de «Rambo» pelos colegas da polícia, declarou que não atirou a sangue frio sobre o falecido e insistiu na versão de que o jovem foi atingido de forma fortuita pelo ricochete de um disparo feito para o ar. No seu testemunho, citado pela imprensa grega, o agente acusado assegurou que nunca dirigiria a arma contra uma pessoa, e em especial, contra um adolescente, e lembrou que ele próprio é pai de três menores.

PUB

Relacionados

Últimas