Cinquenta e quatro anos depois, a bandeira dos Estados Unidos voltou a ser hasteada em Havana. A embaixada norte-americana em Cuba reabriu esta sexta-feira, depois de os dois países terem restabelecido as relações diplomáticas em dezembro do ano passado.
A cerimónia foi presidida pelo secretário de Estado John Kerry, que sublinhou a aproximação de dois "vizinhos" que deixaram de ser "rivais" ou "inimigos".
"Estamos certos de que este é o momento de nos aproximarmos uns dos outros, como dois povos que já não são inimigos ou rivais, mas vizinhos. É tempo de desfraldar as nossas bandeiras e erguê-las para que o mundo saiba que nos queremos bem."
"Meus amigos, estamos aqui reunidos porque os nossos líderes, o Presidente Obama e o Presidente Castro, tomaram uma decisão corajosa: deixaram de ser prisioneiros da história."
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O secretário de Estado deixou, no entanto, alguns recados ao governo cubano: o futuro de Cuba depende de si e é importante que Havana tome medidas no sentido de responder às suas obrigações internacionais no âmbito dos direitos humanos. Um outro momento simbólico marcou esta cerimónia: os três marines que retiraram a bandeira norte-americana da embaixada, a 4 de janeiro de 1961, foram os mesmos que a voltaram a hastear esta sexta-feira. Os três são agora reformados, na casa dos 70 anos. A reabertura da embaixada dos Estados Unidos em Havana surge depois de Cuba ter reaberto a sua embaixada em Washington, no mês passado.
Os dois países restabeleceram relações diplomáticas em dezembro do ano passado. O anúncio foi feito pelos dois presidentes, Barack Obama e Raúl Castro.
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