França está disposta a chegar a um acordo sobre as novas metas da União Europeia para o clima e para a energia e promete fazer «tudo» para chegar a um consenso.
«Faremos tudo, juntamente com a Alemanha e o Reino Unido, para se chegar a um acordo», disse o Presidente francês, François Hollande, à entrada para a reunião do Conselho Europeu, que decorre até sexta-feira.
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Também o presidente cessante da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, se manifestou confiante na aprovação, esta quinta-feira, pelos chefes de Estado e de Governo das novas metas.
O novo quadro prevê objetivos vinculativos de redução das emissões de gases com efeito de estufa de 40% em relação ao nível de 1990 e de pelo menos 27% de incorporação de energias renováveis, para o período entre 2020 e 2030. A questão das interconexões entre a Península Ibérica e o resto da Europa são outro ponto do «Pacote Clima e Energia 2030» a debater pelo Conselho Europeu.
Portugal defende, nesta matéria, objetivos vinculativos de pelo menos 10% relativamente às interconexões sobretudo na área da eletricidade e do gás, de modo a permitir a entrada da Península Ibérica no mercado europeu.
Falando na quarta-feira no Luxemburgo, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou «pouco sério» o comportamento da UE nesta matéria. «O nível de interligação entre Portugal, Espanha e França, e, portanto, o resto da Europa, é inferior a 2% da capacidade instalada. Portugal e Espanha são uma ilha energética. Ora, nós fizemos esforços muito grandes do ponto de vista estrutural para poder ter uma economia mais competitiva e estamos alinhados com a ideia de ter um mercado interno de energia que possa funcionar plenamente», argumentou.
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