O presidente da Cruz Vermelha Internacional, Jakob Kellenberger, disse que a organização foi impedida de entrar no bairro de Baba Amr, na cidade síria de Homs, para prestar ajuda humanitária e retirar os doentes e feridos.
Em comunicado enviado à agência Reuters, o responsável considerou esta decisão «inaceitável».
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«É inaceitável que as pessoas que têm necessitado de assistência de emergência durante semanas não tenham ainda recebido ajuda. Vamos ficar em Homs esta noite na esperança de entrar em Baba Amr num futuro próximo», apontou Kellenberger.
Foi explicado ainda que muitas famílias residentes no bairro - alvo de bombardeamentos e de uma ofensiva terrestre por parte dos militares leais ao regime - fugiram do local, devido à precária situação em que se encontram e que a Cruz Vermelha, em conjunto com o Crescente Vermelho, irá tentar prestar-lhes auxílio.
Elementos da oposição ao presidente do país, Bashar al-Assad dizem que o bairro está a ser palco de uma massacre.
Um oficial responsável sírio do Ministério dos Negócios Estrangeiros chegou mesmo a afirmar que o exército «limpou Baba Amr dos grupos armados de terroristas apoiados por estrangeiros».
Muitos rebeldes conseguiram retirar, mas há relatos de vários mortos esta sexta-feira.
«Todos os homens que permaneceram no bairro com idades entre os 14 e os 50 foram detidos. Tememos que irão ser massacrados», disse um activista citado pela Reuters, questionando onde se encontra a comunidade internacional.
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