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Chávez: exército e milhares de pessoas nas ruas

«Todos somos Chávez!», grita multidão emocionada com a morte de Hugo Chávez. Também há lusodescendentes a chorar em Caracas

Os militares e a polícia venezuelana estão na rua para «garantir a paz» no país após a morte de Hugo Chávez. O anúncio foi feito pelo vice-presidente Nicolás Maduro quando revelou, esta noite, na televisão, que o presidente tinha falecido nesta terça-feira.

«Todas as forças armadas e polícias da Venezuela estão em alerta para proteger o nosso povo e garantir a paz», declarou Maduro, numa altura em que as chefias militares tinham prestado lealdade a Chávez. Logo após estas palavras, foi notório o reforço de segurança na capital, segundo descreve o repórter do «El Universal».

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«Está preparado um destacamento especial de toda a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), da Polícia Nacional Bolivariana (PNB), que neste momento está a preparar-se para acompanhar e proteger o nosso povo», detalhou ainda, sem especificar o total de efetivos destacados.

O chefe do Comando Estratégico Operacional venezuelano, Wilmer Barrientos, assegurou, de seguida, que a situação no país «está dentro da normalidade».

«Estamos a monitorizar todo o país, estamos a monitorizar inclusive a fronteira, os nossos mares e até agora tudo está em plena normalidade», disse Wilmer Barrientos, em declarações emitidas no canal de televisão venezuelano Telesur, divulgadas pela agência de notícias Efe.

O mesmo responsável explicou que o país só não está na «total normalidade», porque está a viver «uma dor profunda», quando a Venezuela perdeu «um dos maiores homens da terra».

Barrientos pediu à população para se manter unida e «não cair em provocações de quem não ama a pátria».

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Também para a rua acorreram milhares de venezuelanos em demonstração de apoio incondicional ao líder político que acabara de falecer. Na sua declaração, o vice-presidente convocou a população a fazer uma homenagem a Hugo Chávez. «Vamos levar a todos os cantos uma homenagem de honra num canto de primavera. Os que morrem pela vida não podem ser chamados de mortos», disse Maduro.

De acordo com a edição online do «El Universal», os seguidores do presidente concentravam-se na Praça Bolívar, em Caracas. Um vídeo publicado pelo jornal mostra uma multidão a gritar «Todos somos Chávez!», claramente emocionada.

Há também registo de muitas pessoas em meios de transporte a abarrotar, que congestionam as principais vias de Caracas. O objetivo destas pessoas é chegar ao Palácio Miraflores, a residência oficial.

Segundo descreve o repórter do «El Universal», há muita gente com as lágrimas nos olhos quando são confrontada com a notícia da morte de Hugo Chávez.

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Os estabelecimentos comerciais da capital fecharam portas em sinal de luto. E o mesmo aconteceu com a Universidade central da Venezuela, que suspendeu as atividades letivas.

Um grupo de lusodescendentes concentrou-se em Caracas para mostrar «apoio incondicional» a Chávez.

«Estamos na Praça Bolívar, aqui há muita gente e de dor, lágrimas nas caras, queremos compartilhar com os venezuelanos esta dor pela morte do nosso comandante», disse à Lusa Marco Gonçalves.

O lusodescendente explicou que a presença de elementos da comunidade portuguesa é também «uma mostra de apoio incondicional» para com o projeto de «socialismo do século XI, que liderada o comandante Hugo Chávez».

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