A União Europeia (UE) vai por em marcha um plano de contingência para combater as redes de tráfico ilegal de migrantes e evitar acontecimentos trágicos como o naufrágio deste sábado no Mediterrâneo. As novas medidas incluem destruir os barcos dos grupos criminosos e enviar os migrantes para os seus locais de origem.
O plano apresentado esta segunda-feira pela Comissão Europeia pretende reforçar as operações de controlo nas fronteiras da UE no Mediterrâneo, com mais financiamento e mais equipamentos que permitam estender estas operações a áreas mais vastas.
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Segundo o comissário europeu para as Migrações, Dimitris Avramopoulos, o plano propõe «um esforço sistemático para capturar e destruir os navios usados pelos traficantes» e estabelecer rapidamente um programa que visa enviar os migrantes clandestinos para os seus países de origem.
Adicionalmente, será criado um programa piloto para a integração de migrantes em todo o bloco da União.
As medidas anunciadas esta segunda-feira surgem em resposta ao naufrágio que fez mais de 700 mortos e que já é considerado a maior tragédia marítima no Mediterrâneo do pós-guerra.
Também esta segunda-feira, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou que os chefes de Estado e de Governo da União Europeia vão realizar um Conselho Europeu extraordinário na próxima quinta-feira, em Bruxelas.
Segundo Tusk, o objetivo da cimeira «é discutir, ao mais alto nível, o que é que os Estados-membros e as instituições europeias, em conjunto, podem e devem fazer para aliviar a situação agora».
Só na última semana, de acordo com a Organização Mundial para as Migrações (IOM, da sigla em inglês), terão morrido cerca de 1600 pessoas, em quatro incidentes separados.
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