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UE quer «cérebros» estrangeiros

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Medida visa recursos humanos mais qualificados e maior investimento em investigação

O ministro da Ciência e da Tecnologia anunciou esta segunda-feira a «ambição» de aumentar em cinco por cento o fluxo de entrada na Europa de cientistas e estudantes de todo o mundo durante a próxima década, noticia a Lusa.

Esta é uma meta que Mariano Gago considera necessária ao cumprimento das três grandes linhas de prioridade da presidência portuguesa da União Europeia para a Ciência e a Tecnologia: recursos humanos mais qualificados e maior investimento público e privado em investigação (I&D).

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Discursando na abertura da Conferência de Alto Nível sobre o Futuro da Ciência e Tecnologia na Europa, no âmbito da presidência portuguesa, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior considerou fundamental para o progresso da ciência na Europa atrair cientistas e estudantes de todo o mundo, invertendo a tendência actual.

«Trata-se não apenas de atrair e de fixar investimento, inovação e emprego, mas essencialmente de reforçar drasticamente a capacidade de competição à escala mundial por investigadores e estudantes qualificados», disse Mariano Gago.

«A nossa ambição para a próxima década: vir a atingir cinco por cento de crescimento anual nas entradas líquidas de cientistas e estudantes de fora da Europa, uma taxa que nos Estados Unidos está nos sete por cento», afirmou. «Atingir cinco por cento de crescimento no movimento de atracção para estudos e profissões científicas e técnicas de mais jovens europeus e de mulheres», acrescentou.

A este respeito, Mariano Gago salientou mesmo que o afastamento das mulheres das carreiras científicas em muitos países europeus «é um anacronismo injusto e perigoso», que urge combater.

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«O mundo não espera por nós»

O ministro considerou ainda que o progresso científico terá que resultar das políticas nacionais de cada estado membro e da cooperação entre eles.

«Objectivos europeus, políticas nacionais: este é possivelmente o principal desafio da política científica na Europa para os próximos anos», afirmou Mariano Gago, acrescentando que são necessárias novas políticas nacionais capazes de responder aos desafios europeus e de multiplicar parcerias internacionais entre universidades, redes inovadoras de instituições, agências nacionais e regionais, laboratórios e empresas.

Também é necessário criar em conjunto novas infra-estruturas de investigação e reforçar os grandes laboratórios europeus de investigação, sublinhou.

Falando também na sessão de abertura, o comissário europeu da Ciência e da Investigação, Janez Potocnik, afirmou que a Europa precisa urgentemente de acelerar o passo ao nível da investigação e desenvolvimento científico.

«Temos feito progressos, mas o passo ainda é demasiado lento», afirmou o comissário. «Não nos podemos voltar a encontrar daqui a uns anos e fazer a mesma análise de hoje, pois o mundo não espera por nós», concluiu.

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