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Angola: Eduardo dos Santos toma posse para mais 5 anos

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Presidente há 33 anos promete mais proteção à produção interna, mais apoio à economia e estabilidade e «diálogo» social

José Eduardo dos Santos prestou esta quarta-feira juramento em Luanda para um mandato presidencial de cinco anos, na sequência da sua eleição indirecta para a chefia do Estado nas eleições gerais de 31 de agosto passado.

A posse foi conferida pelo presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira, tendo José Eduardo dos Santos lido a fórmula constitucional de juramento, com a mão direita sobre a Constituição, escreve a Lusa.

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«Eu, José Eduardo dos Santos, ao tomar posse no cargo de Presidente da República, juro por minha honra: desempenhar com toda a dedicação as funções de que sou investido; cumprir e fazer cumpria a Constituição da República de Angola e as leis do país; defender a independência, a soberania, a unidade da nação e a integridade territorial do país; defender a paz e a democracia e promover a estabilidade, o bem-estar e o progresso social de todos os angolanos».

Eduardo dos Santos, de 70 anos, é presidente de Angola desde 21 de setembro de 1979, assumindo o cargo de Chefe das Forças Armadas, ao mesmo tempo que é líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder desde a independência do país a 11 de novembro de 1975.

Esta manhã, na Praça da República, José Eduardo dos Santos prometeu mais medidas no acesso aos bens essenciais, de proteção à produção interna e de emprego.

«As políticas de emprego, de combate à pobreza, de fomento e incentivo às oportunidades e realização de negócios vão ser implementadas como vias para atingir essa meta. Partimos do pressuposto de que a nossa economia tem condições para garantir muito mais empregos», disse o governante citado pela Angola Press.

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«Por esta razão, pretendemos alcançar uma taxa mais elevada de ocupação laboral da força de trabalho ativa, através da melhoria dos mecanismos de criação e de acesso ao emprego».

Eduardo dos Santos sublinhou, ainda, que o facto de se realizar agora a cerimónia demonstra que as dúvidas anteriores se dissiparam.

«Eu agradeço, do fundo do coração, a honra e a confiança que o povo angolano me conferiu para dirigir os destinos do país, reafirmando assim a sua anterior decisão numa clara demonstração de coerência e de maturidade política. Agradeço também aos membros da minha família e a todos aqueles que me ajudaram durante a campanha eleitoral a levar a minha mensagem e a do MPLA, ao conhecimento de todos angolanos».

O «diálogo» e da estabilidade social estão também na lista de prioridades do Presidente angolano que voltou a garantir que «serão reforçados os mecanismos do diálogo como os sindicatos, as organizações sociais e institucionais, as igrejas, os empresários, e outros parceiros sociais, a fim de se obter a sua colaboração na definição das políticas de desenvolvimento e das estratégias para a sua atuação».

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Nas preocupações estão, como não poderia deixar de ser, as questões económicas. Angola cresceu a um ritmo de 9,2 por cento, nos últimos cinco anos.

«Esperamos neste novo mandato redobrar os esforços para uma melhoria assentuada da estabilidade macroeconómica essencialmente no domínio do controlo das pressões de liquidez, do controlo de preços, da gestão cambial, do monitoramento dos índices de competitividade e do controlo do défice orçamental».

«Em 2013, vamos efectuar o primeiro recenseamento geral da população e da habitação, operação importante para sabermos quanto somos e quanto vivemos. Este processo permitirá um conhecimento rigoroso e completo do nosso país e vai colocar a nossa disposição informações e dados credíveis para a formação de políticas mais realistas», garantiu o responsável, citado pela Rádio Nacional de Angola.

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