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Boston: «Nunca tinha visto ferimentos como estes»

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Estavam vários profissionais de saúde no local onde as bombas explodiram. Socorro rápido foi fundamental para salvar vidas

Junto à meta da maratona de Boston, na segunda-feira, não estavam só espectadores e atletas. Vários médicos, enfermeiros, técnicos de emergência e de ambulância encontravam-se no local a assistir os corredores que chegavam com uma natural fadiga física.

Quando as duas bombas explodiram, matando três pessoas e ferindo 176, estes profissionais de saúde foram fundamentais para salvar vidas. Foram eles os primeiros socorristas, que colocaram garrotes improvisados nos membros amputados e nos que ficaram pendurados apenas por pedaços de músculo.

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«Se aquelas vítimas tivessem passado apenas mais alguns minutos no local, não estariam vivas», afirmou à Reuters Alasdair Conn, responsável pelo serviço de urgência do Hospital Geral de Massachusetts.

Da meta da maratona aos hospitais, as vítimas suportaram apenas alguns minutos. Os médicos no local rapidamente transmitiram informações precisas sobre o estado dos feridos e o transporte foi facilitado por uma cidade parada pelo evento.

Quando chegou a vez dos cirurgiões entrarem em ação, os ferimentos tiveram de ser limpos antes de os pacientes entrarem na sala de operações.

Os médicos retiraram vários pedaços de metal, que foram posteriormente entregues aos investigadores como provas. «Quem mete rolamentos numa bomba procura causar este tipo de ferimentos graves e a força da explosão fez o resto», contou Ron Walls, responsável pelas urgências do hospital de Brigham.

Só nos três maiores hospitais da cidade foram amputadas 10 pernas. Várias equipas de cirurgiões operaram durante a noite toda. «Nunca tinha visto ferimentos como estes. Vimos muitas fraturas e feridas abertas nos membros inferiores, mas, até agora, todos sobreviveram», disse Michael Zinner, chefe de cirurgia do mesmo hospital.

O médico George Velmahos esteve presente quando muitos dos feridos acordaram depois da amputação. «Quando viram tanto sangue no local, eles pensaram que iam morrer. Quando acordaram depois das operações, disseram-me que estão extremamente gratos», concluiu.

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