O Movimento Passe Livre (MPL), o primeiro a convocar as manifestações em São Paulo que depois se espalharam para todo o Brasil, anunciou nesta sexta-feira que não irá mais convocar novas ações devido às ações de violência.
«O MPL não vai convocar novas manifestações. Houve uma hostilidade em relação a outros partidos por parte de manifestantes, e esses outros partidos estavam, desde o início, compondo a luta contra o aumento» do preço das viagens, afirmou hoje o ativista Douglas Beloni à rádio CBN.
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Beloni criticou também o aumento de reivindicações consideradas conservadoras, como a redução da idade de responsabilidade criminal.
O MPL surgiu em 2005 no Fórum Social de Porto Alegre e defende a gratuidade do transporte público. O movimento apresenta-se como apartidário (não defende um partido político específico), mas não antipartidário, e possui membros que também são quadros de partidos de esquerda.
O ativista realçou na entrevista que o grupo «continuará a lutar pela tarifa zero».
Os protestos começaram no início de junho em São Paulo, exclusivamente contra a subida das tarifas dos transportes públicos, mas estenderam-se a outras cidades no Brasil e de outros países.
A repressão policial às manifestações motivou outras pessoas a protestarem pela paz e pelo direito de manifestação, bem como outras queixas, entre quais corrupção e a falta de transparência.
Em particular, as manifestações criticam os elevados gastos com a organização de eventos desportivos como o Mundial2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, em detrimento de outras áreas como a saúde e a educação.
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