O conclave para eleger o novo Papa vai começar na próxima terça-feira, dia 12 de março, anunciou o Vaticano.
A reunião dos cardeais vai começar à tarde e ainda será realizada uma missa de manhã.
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Um total de 115 cardeais vai escolher o sucessor de Bento XVI.
O conclave vai continuar até que um deles receba uma maioria de dois terços dos votos.
Como funciona o conclave?
A participação no conclave - instituição criada em 1274 - é limitada a 120 cardeais eleitores, com menos de 80 anos. Por contingências várias, a mais recente das quais a renúncia do cardeal O'Brien, por envolvimento num escândalo sexual, o número está atualmente fixado em 115.
No conclave estarão 60 cardeais europeus, 19 da América Latina, 14 da América do Norte, 11 de África, dez da Ásia e um da Oceânia.
Os cardeais recebem um papel com as palavras impressas «Eligo in sum mum pontifical» (Eu elejo Pontifício). Depois, cada um escreve o nome da pessoa que deseja ver como Papa, dobra o papel duas vezes e leva-o até um altar.
O ritual implica ainda um juramento: «Eu chamo como testemunha Cristo, o Senhor, que será meu juiz. O meu voto é para aquele que perante Deus acredito merecer ser eleito». Nessa altura, o voto é colocado num cálice.
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Depois de todos votarem, os votos, secretos quanto ao autor, são lidos em voz alta e queimam-se os papéis.
Se não se chegar ao consenso necessário, emerge fumo preto da chaminé. Sinal de que a votação terá de ser repetida e o mundo terá ainda de esperar pela revelação. Quando há consenso, há fumo branco, claro.
«Habemus Papam», recorda-se?
Próximo passo: a aceitação. O eleito é chamado pelo Decano dos Cardeais, ou do seu representante, a aceitar ou a recusar a posição de Supremo Pontífice.
Se aceitar, é declarado logo Papa, sendo que a cerimónia de entronização ocorre alguns dias depois na Basílica de São Pedro. É na altura da aceitação que o novo Papa comunica por que nome gostaria de ser conhecido.
Quando admite que não gostaria de ter esse cargo, normalmente o eleito avisa antes até do início da votação, não chegando, portanto, a este capítulo.
Logo no mesmo dia, é tempo de anunciar a decisão ao mundo. Depois do fumo branco, é certo que a multidão aguarda ansiosamente na Praça de São Pedro para conhecer o escolhido, vestido a rigor.
Como garantir que há rapidamente vestes do tamanho do Papa eleito? O Vaticano providencia atempadamente vários modelos, para todos os tipos de corpo. Assim, no dia da votação e da tomada de posse, nada falha.
É na «Sala das Lágrimas», perto da Capela Sistina, que o novo Papa se veste. Depois, chega o grande momento: «Habemus Papam». Ao novo Papa é dado o novo Anel do Pescador, que é suposto ser usado até à sua morte.
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