A revelação surgiu pela voz do arcebispo de Barcelona, Lluís Martinez Sistach, um dos 115 cardeais presentes na Capela Sistina, onde Jorge Mario Bergoglio foi o escolhido, na quarta-feira, para suceder a Bento XVI.
Conclave significa «fechado à chave», é suposto que os cardeais se reúnam sem qualquer contacto com o exterior, mas Sistach, também ele eligível, admitiu que foi possível «sentir» a presença dos fiéis na Praça de São Pedro, em Roma.
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Sem dar indicações sobre a votação, o cardeal disse que todos «sentiram a oração dos fiéis que estavam na praça», em declarações ao canal C5N da Argentina.
E revelou um pouco mais do conclave: «Foi uma experiência muito rica, vivemos momentos de muita oração.»
«E agradecemos à Argentina por nos ter dado um Papa», acrescentou.
Sobre o facto de a escolha ter recaído sobre Bergoglio, depois de muita especulação sobre outros prováveis nomes, o cardeal catalão brincou com a situação: «Costuma-se dizer que quem entra Papa sai cardeal.»
«Deus escolhe a pessoa que quer para realizar uma determinada missão. Às vezes confunde-nos, parece que vai ser uma pessoa e Ele diz que quer que seja outra», observou, ainda.
Para Francisco ficam as últimas palavras. «Como todos os jesuítas, é uma pessoa muito preparada, muito próxima do povo, muito crente. E está muito interessado na pastoral das grandes cidades», acrescentou.
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