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Edward Snowden considera-se um «patriota»

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E quer voltar aos Estados Unidos, um dia. John Kerry já respondeu: «Patriotas não vão para a Rússia» e chamou ao ex-espião um «cobarde»

Edward Snowden deu uma entrevista à NBC que foi para o ar esta quarta-feira à noite.

Na primeira entrevista a uma televisão americana, o antigo funcionários dos serviços secretos americanos declarou-se um «patriota», treinado para ser «espião» e não um simples técnico de sistemas informáticos e deixou o desejo de voltar aos Estados Unidos, um dia.

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Por agora, Snowden está exilado na Rússia e os Estados Unidos retiraram-lhe o passaporte. Confissões e revelações feitas ao programa «Nightly News», num hotel moscovita.

Snowden nega que a fama lhe tenha trazido uma vida melhor, afinal, é um criminoso no seu país, por isso, considera-se «sim, um patriota» e não um traidor, porque a sua consciência lhe disse que a atuação da CIA estava errada. «As pessoas não abandonam o conforto das suas vidas por uma razão qualquer», afirmou Snowden a Brian Williams.

«A verdade daquela situação tinha de ser revelada ao público. A Constituição dos Estados Unidos foi violada em larga escala», acusando a administração americana de usar programa de espionagem que violam direitos e liberdades conquistadas ao longo de anos, com a desculpa de que estão a proteger o país do terrorismo.

Os Estados Unidos sempre desvalorizaram a figura de Snowden nos serviços secretos, dando-lhe um papel redutor e quase técnico na estrutura, mas o jovem afirmou que «foi treinado como espião no verdadeiro sentido da palavra, trabalhando à paisana e escondendo o meu verdadeiro trabalho e até identidade».

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A entrevista começou a dar que falar ainda antes de ir para o ar. O secretário de Estado americano antecipou-se à entrevista e reagiu dizendo: «Patriotas não vão para a Rússia. Não procuram asilo em Cuba ou na Venezuela. Eles lutam pela sua causa. Edward Snowden é um cobarde. Um traidor. Ele traiu o seu país».

Snowden explicou a Brian Williams que nunca quis ir para a Rússia, mas, depois dos estados Unidos terem invalidado o seu passaporte, já não pôde viajar para a América Latina.

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