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Eleições em Angola: portugueses não arriscam sair de casa

Proximidade da votação preocupa os muitos portugueses que vivem neste país africano. Temem manifestações e preparam-se com antecedência

As eleições gerais em Angola da próxima sexta-feira também vão afetar os muitos portugueses que vivem neste país. Há quem não vá arriscar sequer sair de casa, com receio de eventuais protestos ou conflitos durante os próximos dias.

«Quinta-feira é o dia de reflexão. Dizem-nos que não convém sair de casa e nós, portugueses, não vamos arriscar. No dia das eleições muito menos, bem como no fim de semana», contou ao tvi24.pt Joana R., consultora de 28 anos.

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Segundo a jovem portuguesa, fala-se da probabilidade de existirem «manifestações e outro tipo de confusões» nos próximos dias. «E também há mais assaltos nesta altura», completou. Na empresa onde trabalha, os portugueses estão a ser aconselhados a «comprar enlatados previamente, para evitar sair de casa durante esses dias, e porque o transporte de mercadorias poderá não existir se efetivamente houver confusões nas cidades».

Na sexta-feira, dia da votação à qual concorrem nove formações políticas, a técnica de radiologia M. J., de 23 anos, não vai trabalhar. «A maior parte dos portugueses tenciona ficar mesmo por casa. Aliás, não o faremos só no dia 31, mas também no fim de semana que sucede as eleições, uma vez que nunca sabemos as reações da parte do povo descontente», apontou.

Também C. M., consultora de 26 anos que, à semelhança de todos os portugueses que contactámos, pediu para não ser identificada, confessou que teme problemas nos próximos dias. «São os próprios angolanos que aconselham a não sairmos das instalações e das zonas ditas seguras (casa e trabalho). É o povo que cria a insegurança», afirmou.

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Já L. Gonçalves, de 27 anos, e que também admite que seja «bastante provável que aconteçam alguns desacatos ou manifestações», acredita que estes «não devem afetar os estrangeiros, até porque estes nem devem sair à rua nesse dia».

Para P. Guedes, de 28 anos, a principal preocupação serão as consequências da votação. «Não tenho tanto receio do dia propriamente das eleições, mas mais do dia pós-eleições, onde as pessoas poderão querer contestar os resultados», disse.

Os portugueses, segundo o engenheiro André N., que vive em Luanda, não temem «nenhum movimento de massas organizado», mas sim «problemas pontuais e desacatos».

Segundo a agência de notícias Angola Press, mais de 70 mil polícias serão mobilizados para evitar conflitos no dia das eleições.

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