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EUA: «Americanos não sabem qual é o Romney real»

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Faltam quatro semanas para as eleições nos Estados Unidos e a corrida entre Barack Obama e Mitt Romney está cada vez mais equilibrada. Após o primeiro debate televisivo, o candidato republicano surge empatado com o Presidente nas últimas sondagens, pelo que a incerteza sobre o resultado final vai manter-se até 6 de novembro.

Para o político luso-americano Tony Cabral «provavelmente Obama terá uma vitória fácil e poderá prosseguir as suas políticas, pois leva vantagem nos Estados em que ainda há dúvidas, os swing-states. Membro da Câmara dos Representados do estado do Massachusetts, o democrata natural dos Açores conhece bem Mitt Romney, pois teve de trabalhar com ele quando este foi governado do seu estado: «As suas posições mudaram desde essa altura, mas ele não é liberal. No Massachusetts tentou mostrar ser liberal, mas agora tem outra perspetiva sobre vários assuntos. Os americanos não sabem qual é o Romney real».

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Tony Cabral visitou Lisboa para participar num conferência sobre as eleições americanas promovida pela Fundação Luso-Americana. Neste debate esteve também presente Devin Nunes, luso-descendente de terceira geração, natural da Califórnia e congressista republicano. Na sua perspetiva, «a corrida está muito renhida e tudo ainda é possível».

A excelente performance de Romney no primeiro debate televisivo, visto por mais de 70 milhões de pessoas, surpreendeu todos e entusiasmou os seus apoiantes. «Há quatro anos, quando Obama venceu as eleições, os Estados Unidos viveram um tempo de grande esperança, mas hoje sabemos que muito ficou por fazer. Romney surge como um homem com uma solução diferente, que pode recolocar a América na rota do crescimento», disse Nunes.

Também o embaixador americano em Portugal falou sobre as eleições. Allan Katz tem dúvidas que os debates sejam decisivos: «Costumo dizer que numa campanha política fazemos cinquenta coisas, mas apenas cinco delas acabam por ter importância. E o problema é que não sabemos quais. Ambos os partidos têm dito desde há bastante tempo que esta vai ser uma eleição muito renhida e as sondagens mostram isso, mas na política americana, só há uma sondagem que conta, a eleição».

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Imagem de Portugal

O congressista republicano Devin Nunes tem acompanhado a situação em Portugal e considera que as medidas de austeridade que estão a ser aplicadas são necessárias e é importante que a legitimidade democrática seja respeitada.

«O Governo português adotou decisões muito difíceis, em circunstâncias muito difíceis. Não quero envolver-me na política portuguesa, mas este Governo deverá permanecer algum tempo no poder e é importante», disse, acrescentando:

«Portugal fez um enorme trabalho nos Estados Unidos para se diferenciar da Grécia, Espanha e outros países. A questão que mais me preocupa em Portugal reside no facto de a situação em Espanha ser muito má, em termos de crescimento económico e das trocas comercias entre Portugal e Espanha».

Estas medidas podem até ser implementadas nos Estados Unidos: «Não é apenas Portugal que tem de adotá-las, são muitos países do mundo, e, como disse recentemente, o dinheiro não é atirado de helicópteros. São necessários investimentos, a economia tem de crescer e criar empregos. São necessários empregos na América, em Portugal, e digo que as nações livres do mundo têm de prosseguir este caminho».

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