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Padre espanhol e duas freiras infetados com o vírus ébola

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Sacerdote e irmãs estão em isolamento na Libéria

O sacerdote da Ordem de São João de Deus e responsável do hospital católico de São José de Monróvia (capital da Libéria), Miguel Pajares, está infetado com o vírus Ébola, segundo adiantou a congregação a que pertence. O mesmo comunicado informa que duas outras freiras que partilhavam o isolamento com o padre estão também infectadas com o vírus.

As outras duas freiras missionárias são a congolesa Chantal Pascaline Mutwamene e a guineana Paciencia Melgar e pertencem à Ordem da Imaculada Conceição. A mesma fonte adianta que a situação no hospital, que está fechado desde sexta-feira, 1 de agosto, «é grave». Nas instalações encontram-se em quarentena seis pessoas: os três infetados e três acompanhantes. No local, residem ainda mais dois religiosos que não estão para já infetados.

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Em declarações à EFE, o padre já manifestou a intenção de regressar a Espanha para receber tratamento. «Eu gostaria de ir porque temos más experiências sobre o que tem acontecido aqui. Estamos abandonados e não nos ajudam. Queremos ir para Espanha, para que nos tratem como pessoas, como Deus manda», disse.

«Esperemos que se chegue a alguma solução para que nos levem para Espanha», insistiu, admitindo que «é muito complicado, porque tem que se fretar um avião e não é nada fácil». O estado do padre é débil, como o próprio admitiu na mesma entrevista: «Estou francamente mal, sou incapaz de levantar a cabeça».

Fonte do ministério da Saúde espanhol garantiu ao El País que antes da notícia ser conhecida estava «tudo previsto» para que o padre fosse repatriado, no entanto, não confirmou que a decisão estivesse já tomada. «Estamos em conversações com a Ordem de São João de Deus e com o cônsul na Libéria». Também a Fundação Juan Ciudad, uma ONG que serve de porta-voz à ordem religiosa, não adiantou o que pretende fazer. No comunicado, a ordem apenas informa que estão a ser estudadas medidas.

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O padre de 75 anos, natural de Toledo, cuidou do diretor do hospital, Patrick Nshamdze, que este sábado acabou por morrer depois de infetado com o vírus. Os primeiros testes revelaram-se negativos, pelo que o padre espanhol continuou a cuidar e a alimentar o camaronês, até que lhe foi também diagnosticada a infeção com o vírus.

Esta terça-feira, a British Airways suspendeu até 31 de agosto os voos de e para a Libéria e Serra Leoa, dois dos quatro países da África Ocidental atingidos pela epidemia de febre hemorrágica provocada pelo vírus Ébola.

Também esta terça-feira, um norte-americano que regressou recentemente aos Estados Unidos da região de África afetada pelo vírus ébola foi internado num hospital de Nova Iorque, por suspeita de ter contraído o vírus.

O ébola já infetou 1603 pessoas, das quais 887 morreram.

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