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Pressão, traição e diplomacia num país que espera a guerra

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Ucrânia coloca tropas em mobilização total num dia que o chefe da Marinha se juntou ao russos. No plano diplomático, Obama conversa com aliados e Putin com Merkel

Depois de neste sábado colocar as forças armadas em alerta máximo de combate, a Ucrânia ordenou uma mobilização militar total, em resposta aos avanços de forças militares russas na região da Crimeia. O primeiro-ministro ucraniano em exercício, Arseniy Yatsenyuk, diz que o país está «à beira do desastre». No plano diplomático, os líderes mundiais desdobram-se em telefonemas para aparentemente evitar a iminência de um conflito armado.

Na região da Crimeia, há relatos de que os militares russos estão a cavar trincheiras junto à saída da península. Junto à sede do governo local em Simferopo, na Crimeia, está já um cordão de militares e voluntários com escudos pintados com a bandeira russa que parecem, calmamente, aguardar um sinal de ataque. Durante este domingo, vários populares passearem pelas ruas da cidade, tiraram fotos junto dos tanques, aplaudiram os navios de guerra e conviveram com os militares russos que cercam os principais locais estratégicos.

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Já no resto da Ucrânia, nomeadamente em Kiev, milhares de ucranianos saíram à rua em memória, sentida com lágrimas, dos que morreram nos recentes confrontos na Praça da Independência. Manifestações também em Moscovo que saiu à rua em protestos com 27 mil pessoas a favor de Putin.

Do exterior, chegam pressões claras sobre Vladimir Putin: o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, avisou a Rússia que pode ser expulsa do G8. A reunião dos oito países mais desenvolvidos do mundo está prevista para Sochi, na Rússia, em Junho. «[A Rússia] não vai organizar a reunião do G8. Pode nem permanecer no G8 se continuar», disse John Kerry.

A França e o Reino Unido também usaram a reunião do G8 para pressionar Moscovo e suspenderam as suas presenças nas reuniões preparatórias. O Reino Unido revelou ainda, pelo Twitter do primeiro-ministro David Cameron, que «dada a situação na Ucrânia» os ministros britânicos vão ficar longe dos Jogos Paralímpicos em Sochi.

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Também este domingo a Ucrânia abriu um processo de traição depois do Chefe da Marinha ter desertado e jurado fidelidade às autoridades pró-russas da Crimeia, durante uma conferência de imprensa transmitida na televisão russa e que ocorreu no estado-maior da frota russa em Sébastopol.

O almirante Denis Berezovsky estava apenas no segundo dia de trabalho e segundo conta Viktoria Syumar, vice-secretária do Conselho de Segurança da Ucrânia o oficial «depôs as armas e não ofereceu resistência durante o bloqueio pelas forças russas». Como resultado foi instaurado um processo criminal de traição de Estado.

No plano diplomático, a Casa Branca veio adiantar que o Presidente Obama tem planeado vários telefonemas ao longo do dia com os principais aliados ocidentais. Já do outro lado «da barricada», e depois dos 90 minutos ao telefone com Obama, foi a vez de Merkel falar ao telefone com Putin que uma vez mais justificou a ação russa de invadir território ucraniano.

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