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Primeira muçulmana no Governo britânico demite-se contra apoio a Israel

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«Não posso continuar a apoiar a política deste governo sobre Gaza», escreveu Sayeeda Warsi no Twitter

A primeira muçulmana a integrar um governo no Reino Unido Sayeeda Warsi anunciou esta terça-feira, na rede social Twitter, a demissão por não poder continuar «a apoiar a política do governo [britânico] sobre Gaza».

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«Foi com profundo pesar que escrevi esta manhã ao primeiro-ministro [David Cameron] para lhe apresentar a minha demissão. Não posso continuar a apoiar a política deste governo sobre Gaza», escreveu Sayeeda Warsi, atual secretária de Estado do ministério dos Negócios Estrangeiros, na sua conta oficial no Twitter.

Desde o início da operação israelita em Gaza, a 08 de julho, Londres defendeu o direito de Israel a defender-se, apesar de pedir uma «resposta proporcional».

Warsi é uma política de origem paquistanesa, nomeada em setembro de 2012 secretária de Estado no ministério dos Negócios Estrangeiros e secretária de Estado para credos e comunidades.

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A política era responsável por questões relacionadas com o Afeganistão, Paquistão, Banglades e Ásia central, Direitos Humanos, ONU, organizações internacionais e Tribunal Penal Internacional, de acordo com o site do governo britânico.

Warsi foi também encarregada de todas as questões relativas ao ministério dos Negócios Estrangeiros na Câmara dos Lordes, câmara alta do Parlamento britânico.

Antiga presidente do Partido Conservador e secretária de Estado sem pasta, Warsi é uma senadora conservadora, com assento na Câmara dos Lordes.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro britânico considerou que as Nações Unidas tinham razão na condenação do ataque que matou dez palestinianos numa escola da ONU em Gaza.

Muito prudente neste tema, David Cameron não quis falar em violação do direito internacional. A oposição trabalhista tem criticado, nos últimos dias, o executivo conservador por não adotar uma posição mais dura relativamente a Israel.

Hoje, às 05:00 TMG (06:00 em Lisboa), um cessar-fogo de 72 horas, aceite por Israel e pelo movimento radical palestiniano Hamas, entrou em vigor na Faixa de Gaza, com a retirada do exército israelita do enclave depois de cerca de um mês de uma guerra devastadora.

Ao todo, mais de 1.850 palestinianos morreram durante a operação «Margem Protetora», de resposta ao disparo de foguetes palestinianos contra o território israelita. A 17 de julho, além dos ataques aéreos contra Gaza, o exército de Israel deu início a uma operação terrestre para destruir túneis, construídos pelo Hamas e usados para ataques em zonas fronteiriças.

Do lado israelita, 64 soldados e três civis morreram nos confrontos.

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