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Principal acusado de violação de jovem indiana enforcou-se na prisão

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Estudante de 23 anos foi atacada e violada por um grupo de homens quando seguia no autocarro com o namorado, em dezembro passado

O principal acusado do grupo que em dezembro violou e atacou a jovem estudante de 23 anos num autocarro de Nova Deli, Índia, que viria a falecer em Singapura devido aos ferimentos, suicidou-se na prisão, revela a AFP, nesta segunda-feira

De acordo com fonte da cadeia contactada pela agência, o homem ter-se-á enforcado. «Sim, ele está morto», disse o funcionário da sala de controlo da prisão Tihar de Nova Deli quando questionado sobre Ram Singh, que estava acusado de liderar o grupo que, depois de atacar a jovem de 23 anos, levou a protestos nas ruas e ao debate sobre a condição das mulheres na Índia.

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Os advogados de defesa já reagiram à notícia e contrariam esta versão. «Esta notícia é chocante. Não havia indícios de que poderia ocorrer um suicídio e Singh estava satisfeito com o julgamento que estava a decorrer sem problemas», disse um dos advogados, V K Anand, citado pela BBC.

Ram Singh era um dos cinco homens presos acusados do crime e o condutor do autocarro clandestino onde a jovem foi atacada. Um sexto acusado está a ser julgado num tribunal de menores, mas todos negam as acusações.

O porta-voz da prisão de Tihar, Sunil Gupta, citado também pela BBC, informou que um inquérito foi aberto para esclarecer o que realmente aconteceu. A autópsia ao corpo deverá ocorrer ainda esta segunda-feira.

A morte de Singh pode ser mais um problema para a justiça indiana que está a braços com a pressão popular e aos mesmo tempo debaixo dos holofotes mediáticos mundiais. Ram Singh e os outros quatro adultos acusados, o irmão, Mukesh Singh, Pawan Gupta, Vinay Sharma e Akshay Thakur, estão a ser julgados em julgamento sumário para que o caso tenha uma solução mais rápida.

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Os cinco suspeitos enfrentam 13 acusações, incluindo homicídio, violação coletiva, sequestro e destruição de provas. Se forem considerados culpados, poderão ser condenados à pena de morte. Já o menor de idade, se for condenado, deverá passar três anos num reformatório juvenil.

A jovem indiana estudante de medicina estava num autocarro com um amigo quando foi atacada. Os dois acabaram por ser atirados para fora do transporte nus. A jovem acabou por não resistir aos ferimentos e morreu no hospital. A violência do ataque e a onda de indignação que provocou terão gerado consequências nas prisões para os detidos.

O pai de Singh, Mangelal Singh, disse que o filho tinha ferimentos graves na mão e não teria conseguido enforcar-se como sugere a versão da polícia. Mangelal denuncia ainda que o filho foi violado repetidas vezes na prisão por outros presos e também pelos guardas.

«O meu filho não cometeu suicídio», disse o pai.

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