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Se Palin mandasse, «batizava terroristas» a simular afogamento

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Discurso da ex-governadora do Alasca na convenção do maior lóbi pró-armas dos EUA, a favor da tortura, gera polémica

A ex-governadora republicana do estado norte-americano do Alasca, Sarah Palin, foi igual a si própria e proferiu um discurso polémico na convenção da National Riffle Association, o principal lóbi pró-armas dos Estados Unidos. No evento, batizado «Levante-se e lute», no Lucas Oil Stadium, em Indianápolis, a ex-governadora afirmou que, se estivesse no comando do país, «as pessoas saberiam que o waterboarding [simulação de afogamento] é nossa maneira [nos EUA] de batizar os terroristas».

A estação de televisão norte-americana CNN sublinha que as palavras de Sarah Palin vão na direção oposta à de John McCain, o ex-candidato republicano à Casa Branca, com o qual ela se candidatou à vice-presidência, e que a catapultou para a política nacional em 2004. McCain, que foi capturado durante a Guerra do Vietname e torturado durante anos, sempre condenou, tal como o Presidente Obama, a prática da tortura.

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Mas Sarah Palin não se mostra importunada. «Vá lá. São inimigos que aniquilariam completamente a América. Teriam obviamente informações sobre atentados terroristas, para fazer a jihad [guerra santa]. Oh, mas não se pode ofendê-los, não se pode fazer com que fiquem desconfortáveis, nem um bocadinho», afirmou a ex-governadora.

As declarações de Sarah Palin foram proferidas no sábado, num discurso repleto de ataques contra as tentativas de controlo das armas nos Estados Unidos feitas pela Administração de Barack Obama.

O jornal «The Washington Post» escreve que tais declarações de Sarah Palin podem ser a gota de água que faz transbordar o copo das possibilidades políticas da ex-governadora porque misturam batismo cristão com tortura.

Sarah Palin já não é a figura que arrastava multidões de seguidores do Tea Party, e que ajudou a formar a vaga de novos congressistas radicais que encheram a Câmara dos Representantes nas últimas eleições. «A sua influência foi eclipsada por uma nova classe de estrelas e o seu círculo reduziu-se. Tem uma mão cheia de assessores que a guiam e alguns aliados em Washington», acrescenta o «The Washington Post».

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