O cessar-fogo de 72 horas acordado entre o Hamas e Israel terminou esta sexta-feira às 06:00 depois do movimento palestiniano ter recusado o seu prolongamento.
Os dirigentes do Hamas presentes no Cairo acusam Israel de inviabilizar um acordo por recusar as petições palestinianas, mesmo que os israelitas tenham proposto o prolongamento indefinido do cessar-fogo.
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Segundo a agência Lusa, minutos depois de a trégua ter terminado, o Hamas terá disparado cinco rockets sobre o sul de Israel, tendo um dos morteiros sido intersetado sobre Ashkelon, disse fonte do exército israelita.
O exército referiu, ainda, que os restantes morteiros atingiram zonas abertas daquela região de Israel.
A resposta não tardaria, e pouco tempo após os ataques do Hamas, o exército israelita respondia com ataques aéreos, que já causaram um morto e pelo menos seis feridos em Gaza.
Um porta-voz do exército afirmou que os bombardeamentos vão continuar, uma vez que o Hamas não aceitou o prolongamento da trégua.
«Os novos ataques dos terroristas a Israel são inaceitáveis, intoleráveis e míopes. O Hamas tomou a decisão errada ao quebrar o cessar-fogo e será perseguido pelas Forças de Defesa israelitas (IDF), que continuarão a atacar o Hamas, as suas infraestruturas, os seus agentes para restaurar a segurança do Estado de Israel», afirmou, segundo a Reuters.
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Milhares de habitantes de Gaza já tinham sido vistos a abandonar as suas casas, a norte e leste da Faixa de Gaza, já antecipando uma eventual resposta de Israel ao lançamento de morteiros sobre o país.
Pouco depois do anuncio palestiniano que rejeitava o cessar-fogo, um militar israelita alertava para a eventual necessidade do país continuar a campanha militar contra o Hamas.
Do lado palestiniano, a mais urgente e necessária reivindicação que Israel terá de aceitar é a abertura de um porto marítimo no enclave isolado por Israel.
O objetivo da suspensão das hostilidades foi dar uma oportunidade para que delegações enviadas pelas duas partes ao Cairo se entendam, por intermédio do Egito, quanto a uma trégua mais duradoura.
O conflito iniciou-se no passado dia 08 de julho, quando Israel deu início à operação militar «Margem Protetora», com ataques aéreos para responder ao disparo de foguetes palestinianos, a partir da Faixa de Gaza, contra território israelita.
A 17 de julho, o exército israelita começou manobras terrestres para destruir a rede de túneis construída pelo Hamas, que controla o enclave desde 2006, e é usada para ataques em zonas fronteiriças.
Mais de 1.850 palestinianos morreram em 28 dias de ofensiva. Do lado israelita, morreram perto de 60 pessoas.
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