O procurador federal alemão assegurou, esta sexta-feira, que a morte de Anis Amri não coloca um ponto final nas investigações ao atentado num mercado de Natal, em Berlim, na última segunda-feira. Em conferência de imprensa, reagindo à morte de Anis Amri em Itália, o procurador alemão disse que as autoridades continuam à procura de eventuais cúmplices do jovem tunisino.
"Apesar de sabermos que Anis Amri está morto, continuaremos com as nossas investigações", disse Peter Frank, em conferência de imprensa.
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É muito importante para nós sabermos se havia ou não uma rede de apoio e de cúmplices, incluindo se alguém ajudou esta pessoa a preparar e a levar a cabo o ataque e se o ajudou na fuga."
Peter Frank assegurou que as autoridades alemãs estão em "contacto permanente" com as italianas: "Estamos interessados em confirmar se arma usada por Amri em Milão era a mesma usada no ataque em Berlim. Estamos especialmente concentrados nesta investigação".
Estamos também a investigar como é que ele conseguiu chegar a Milão. Se teve alguma ajuda ou cúmplices. Vamos verificar se fez contactos para preparart o ataque - pessoas que o ajudar, inclusive, com dinheiro e o ajudaram a fugir."
O procurador federal alemão adiantou ainda que as autoridades germânicas consideram "vaga" a reivindicação do atentado por parte do autodenominado Estado Islâmico: "Não especifica o infractor."
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As informações do procurador foram corroboradas pelo ministro do Interior alemão, Thomas De Maizière, que confirma que a investigação continua em curso.
A caça ao homem, que terminou com sucesso, não pôs fim à investigação. Temos de ir mais longe."
Numa conferência de imprensa, De Maizière adianta que o nível de alerta terrorista na Alemanha continua elevado.
O risco terrorista continua elevado."
De Maizière não esconde o alívio que "o atacante já não constitua qualquer perigo".
Uma equipa de investigadores alemães viajaram para Itália, para trabalharem de forma estreita com as autoridades italianas: "Agradeço-lhes esta colaboração."
Anis Amri, o suspeito do ataque ao mercado de Natal de Berlim, foi morto num tiroteio com a polícia, em Milão, Itália, confirmaram já as autoridades italianas. Anis foi abordado junto à estação de comboios de Sesto San Giovanni, depois de uma patrulha de polícia ter considerado o seu comportamento suspeito.
Quando lhe foi pedida a investigação, o suspeito disparou e feriu um agente. O outro elemento da patrulha respondeu a tiro e matou-o.
Estava sem documentos de investigação, mas na mochila tinha um bilhete de comboio que indicava que tinha regressado de França.
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