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Fukushima, visita a um «cenário devastador»

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Jornalistas foram pela primeira vez autorizados a entrar na central nuclear

Os jornalistas que no sábado foram pela primeira vez autorizados a entrar na central nuclear de Fukushima assistiram a um «cenário devastador», com camiões virados ao contrário, lixo amontoado e prédios a ruir, reporta a AP.

Alguns representantes dos meios de comunicação internacionais e japoneses foram pela primeira vez autorizados a entrar na central nuclear, numa visita que tinha como objectivo mostrar a estabilização da central desde o 'tsunami' de 11 de marco, mas tiveram de usar equipamento protector em todo o corpo e submeter-se a um teste de radiação no final da visita.

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De acordo com o relato, os camiões virados ao contrário pela força do tsunami continuam nas ruas no complexo, há pilhas de lixo amontoado e largas piscinas de água ainda cobrem uma boa parte do complexo nuclear, mas os responsáveis garantem que a situação na central nuclear, que sofreu várias explosões na sequência do desastre natural, tinha melhorado o suficiente para permitir a visita dos jornalistas.

O governo japonês e a equipa que gere a planta, a Empresa de Energia Eléctrica de Tóquio (Tepco), dizem que as fugas de radiação são bastante menos perigosas agora que nos dias iniciais a seguir ao acidente, e sublinham que o trabalho está em andamento para permitir um «desligamento frio», ou seja, um momento em que as temperaturas dos reactores ficam suficientemente baixas e controladas.

No entanto, o governo prevê que via demorar mais 30 anos até que seja possível remover de forma segura o combustível nuclear e desactivar esta central nuclear, e pode também demorar décadas até ser possível trazer as dezenas de milhares de habitantes que foram obrigados a sair da zona de exclusão de 20 quilómetros na sequência do acidente.

A tragédia que ocorreu em Fukushima, a 240 quilómetros ao norte de Tóquio, a 11 de Março deste ano, deu-se na sequência de um grande sismo de nove graus da escala Richter seguido de um tsunami com ondas de 14 metros, tudo em 50 minutos, e matou cerca de 20 mil pessoas.

A catástrofe natural fez com que os sistemas de resfriamento dos reactores na central de Fukushima, da Empresa de Energia Eléctrica de Tóquio (Tepco), fossem desactivados provocando o derretimento das barras de combustível e a fuga de radiação.

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