O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou esta segunda-feira que não vai voltar atrás na decisão de retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão.
As tropas norte-americanas não devem e não podem combater e morrer numa guerra que as forças afegãs recusaram lutar por si próprias", afirmou Joe Biden, acrescentando que os "líderes políticos afegãos desistiram e abandonaram o país"
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Numa comunicação ao país, o líder norte-americano assegurou que o país está a monitorizar a situação de perto e há planos de contingência para o "rápido colapso do governo afegão"
O presidente relembrou que a missão do país é prevenir ataques terroristas em solo norte-americano e "se necessário os Estados Unidos podem iniciar missões de contraterrorismo no Afeganistão".
Reitero totalmente a minha decisão de retirar as tropas norte americanas do Afeganistão", declarou Joe Biden, acrescentando: "Após 20 anos, aprendi relutantemente que nunca há uma boa altura para retirar as forças dos EUA"
A chegada dos talibãs a Cabul no domingo precipitou a saída do país do presidente afegão, Ashraf Ghani, após terem tomado o controlo de 28 das 34 capitais provinciais em dez dias, e sem grande resistência das forças de segurança governamentais, no âmbito de uma grande ofensiva iniciada em maio — altura em que começou a retirada das tropas norte-americanas e da NATO do país, que deverá ficar concluída no final deste mês.
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O presidente norte-americano salientou também que os adversários internacionais dos Estados Unidos, liderados pela China e Rússia, teriam "amado" que os americanos permanecessem atolados no Afeganistão.
Um porta-voz do movimento islâmico radical, que governou no Afeganistão entre 1996 e 2001, disse no domingo à televisão pública britânica BBC que os talibãs pretendem assumir o poder no Afeganistão “nos próximos dias”, através de uma “transição pacífica”, 20 anos após terem sido derrubados por uma coligação liderada pelos Estados Unidos, pela sua recusa em entregar o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, após os atentados de 11 de setembro de 2001.
Joe Biden ameaça talibãs com "força devastadora se necessário"O presidente dos EUA avisou os talibãs para não interferirem com o processo de evacuação organizado pelos EUA no Afeganistão, ameaçando com uma "força devastadora, se necessário".
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A resposta a um ataque será "rápida e poderosa", afirmou Joe Biden num discurso na Casa Branca
O Presidente admitiu na sua declaração que os EUA não esperavam que a situação se desenrolasse tão rapidamente no Afeganistão.
A verdade é que isto se desenrolou mais rapidamente do que tínhamos previsto", sublinhou.
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