As análises de ADN confirmam que Josef Fritzl é o pai das seis crianças nascidas de violações repetidas a que ao longo de 24 anos submeteu a sua própria filha Elisabeth, anunciou esta terça-feira a polícia de Amstetten.
Por outro lado, segundo a polícia, a investigação lançada depois da descoberta do caso não permitiu até agora encontrar «qualquer indício ou confirmação» de que a mãe da vítima e mulher do principal suspeito fosse cúmplice do crime.
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«As análises de ADN forneceram uma prova decisiva de que as seis crianças nascidas de Elisabeth, a mulher sequestrada, têm como pai o próprio pai (de Elisabeth), Josef Fritzl», disse em conferência de imprensa Franz Polzer, chefe da polícia criminal da região da Baixa-Áustria. «Desta forma dispomos de provas físicas» dos delitos cometidos por Josef Fritzl nos últimos 24 anos, acrescentou.
A polícia austríaca revelou sábado a descoberta em Amstetten, leste da Áustria, de uma cave onde um homem de 73 anos, Josef Fritzl, manteve sequestrada durante 24 anos a filha, actualmente com 42 anos, que violou repetidamente e da qual teve sete filhos.
O caso foi revelado depois de uma das filhas que viviam com Elisabeth na cave, Kerstin de 19 anos, ter sido encontrada inconsciente e gravemente doente a 19 de Abril e de o suspeito ter aceitado levá-la ao hospital. Segundo as autoridades, a polícia decidiu interpelar Elisabeth e o pai num dos dias em que saíam do hospital, na sequência de uma informação recebida.
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Elisabeth viveu durante mais de 20 anos na cave da casa habitada pelos pais, um espaço de 60 metro quadrados e 1,70 metros de altura, o que levou vários especialistas citados pela imprensa austríaca a questionar o papel da mãe, Rosmarie, actualmente com 69 anos, em todo este caso.
«Não temos qualquer indicação ou confirmação» de cumplicidade da mãe de Elisabeth, disse à imprensa o responsável policial. Franz Polzer disse ainda que as investigações também determinaram que uma carta recente, alegadamente enviada pela filha, anunciando o seu regresso e de dois dos seus filhos à casa dos pais, foi escrita por Josef Fritzl.
Por outro lado, as autoridades partem do princípio de que as cartas recebidas pela família quando três dos filhos de Elisabeth foram deixados, ainda bebés, à porta de casa dos pais também foram ditadas por Fritzl, segundo o mesmo responsável.
Essas três crianças apareceram à porta da casa da família em 1993,1994 e 1997, segundo Fritzl, abandonadas pela filha para serem educados pelos pais por ela, alegadamente membro de uma seita, não ter condições para o fazer.
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