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China inicia manobras militares no estreito de Taiwan durante visita dos Estados Unidos

Exército chinês alega que os exercícios militares no estreito de Taiwan são "necessários para enfrentar a atual situação" e "defender a unidade nacional"

O exército chinês anunciou esta sexta-feira a realização de exercícios militares no estreito de Taiwan, "necessários para enfrentar a atual situação" e "defender a unidade nacional", coincidindo com a visita de um alto representante norte-americano a Taipé.

O Comando Oeste do Exército de Libertação Popular organizou patrulhas e manobras das forças navais e aéreas no estreito de Taiwan, para testar o nível das operações conjuntas", disse o Ministério da Defesa chinês, em comunicado.

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"Estas ações são necessárias para lidar com a situação atual no estreito de Taiwan, vão ajudar a melhorar a capacidade das tropas para defender a unidade nacional e a soberania territorial", indicou, na mesma nota.

As tropas "cumprem o seu dever e têm a confiança e determinação para derrotar qualquer força que planeie ou lance qualquer forma de atividade separatista em Taiwan", acrescentou.

O anúncio coincidiu com a visita do vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Keith Krach, que chegou na quinta-feira à ilha e onde fica até sábado.

A delegação dos Estados Unidos também é composta pelo secretário adjunto para a Democracia, Direitos Humanos e Emprego, Robert Destro.

A líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, tem prevista uma reunião com Krach hoje.

No sábado, a delegação norte-americana vai assistir à cerimónia em honra do antigo Presidente Lee Teng-hui, considerado o "pai" da democracia taiwanesa e recentemente falecido, cujas cinzas vão ser cobertas com a bandeira nacional.

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Em agosto passado, o secretário de Saúde dos EUA, Alex Azar, tornou-se o até então mais alto funcionário do Governo norte-americano a deslocar-se a Taiwan, desde que os dois lados romperam os laços formais, em 1979, quando os EUA aceitaram a "política de uma só China", que pressupõe que Pequim é o único governo legítimo de todos os territórios chineses.

A aproximação a Taipé é altamente sensível para Pequim.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.

Mas a China considera Taiwan como território sob a sua soberania e opõe-se a qualquer tipo de interação oficial entre outros países e a ilha.

Pequim já advertiu Washington contra o envio de Krach à ilha. Na segunda-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin, exortou os Estados Unidos a "interromperem todas as formas de intercâmbio oficial com Taiwan", para evitarem sérios danos nas relações bilaterais China-EUA.

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